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Oposição da Hungria se une para desafiar premiê Orbán em 2022

14 ago 2020 - 18h05
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Os seis principais partidos de oposição da Hungria formarão uma aliança para a eleição de 2022 e, se conseguirem derrotar o primeiro-ministro, Viktor Orbán, pretendem governar em uma coalizão, disseram as siglas em um comunicado conjunto.

Primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán 
20/07/2020
Stephanie Lecocq/Pool via REUTERS
Primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán 20/07/2020 Stephanie Lecocq/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Orbán, que tem entrado em atrito com aliados ocidentais a respeito do estado de direito e da repressão da dissidência, ampliou a influência de seu partido Fidesz graças às três grandes vitórias eleitorais conquistadas desde 2010 diante de uma oposição fraca e fragmentada.

Nas eleições municipais do outono passado, porém, partidos opositores apresentaram candidaturas conjuntas em muitos distritos do país e derrotaram o Fidesz em zonas eleitorais cruciais, inclusive a prefeitura da capital Budapeste.

O novo prefeito de Budapeste disse que sua vitória, resultante de uma primária e depois de um esforço comum de todos os partidos de oposição, é um roteiro para fazer frente a Orbán.

Pesquisas recentes indicam que, tirando os eleitores indecisos, cerca de metade de todos os eleitores ativos apoia Orbán e metade quer um triunfo da oposição. Os indecisos representam cerca de um terço dos que podem ir às urnas e podem alterar o desfecho da votação.

"Os partidos de oposição ouviram seus eleitores, e hoje os presidentes dos partidos iniciaram consultas oficiais para se prepararem para a eleição parlamentar de 2022", disseram as siglas em comunicados idênticos.

Elas apresentarão candidatos comuns em todas as 106 zonas eleitorais, estabelecerão um programa conjunto e governarão juntas se vencerem, disseram.

A Publicus Research, empresa que mede o apoio dos partidos de oposição e de uma aliança em potencial, mostrou que uma aliança já tem, em relação ao Fidesz, uma ligeira vantagem nas pesquisas que superaria o resultado cumulativo de partidos de oposição separados por algo entre 5 e 6 pontos percentuais.

"Esta proposta é mais crível do que qualquer coisa que a oposição apresentou recentemente", disse o diretor do Publicus, Andras Pulai, à Reuters.

Peter Marki-Zay, prefeito e líder de um grupo que defende a unificação da oposição, disse que o Fidesz teria perdido quase metade das zonas eleitorais contra um único oponente em 2018.

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