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Oposição critica decisão de adiar eleição presidencial na Nigéria

16 fev 2019 - 17h05
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O presidente da Nigéria e o principal candidato da oposição pediram que o povo tenha calma, após o adiamento de uma semana da eleição nacional marcada para sábado, apenas cinco horas antes de a votação começar. 

Líder da oposição na Nigéria, Atiku Abubakar. 16/2/2019. REUTERS/Nyancho NwaNri
Líder da oposição na Nigéria, Atiku Abubakar. 16/2/2019. REUTERS/Nyancho NwaNri
Foto: Reuters

Mas o candidato da oposição, o ex-vice-presidente Atiku Abubakir, posteriormente acusou o presidente Muhammadu Muhari de instigar o atraso para privar o eleitorado de votar. 

Na manhã de sábado, assim que os nigerianos começaram se dirigir aos colégios eleitorais, Mahmood Yakubu, presidente da comissão eleitoral, disse que não era mais factível realizar eleições livres e justas no sábado, por problemas logísticos. 

A votação, agora, será realizada em 23 de fevereiro, disse o presidente da comissão. Mas o adiamento ainda jogou o país, onde 84 milhões de pessoas estão registradas para votar, em uma nova incerteza política. 

Eleições passadas na Nigéria foram prejudicadas por violência, intimidações e fraude nas cédulas, e o atraso aumentou a possibilidade de agitações.

Yakubu posteriormente disse que o adiamento foi causado por atrasos no transporte de materiais eleitorais. 

"Nossa decisão foi tomada pela comissão. Não tem nada a ver com segurança, nada a ver com influência política, nada a ver com a disponibilidade de recursos", disse Yakubu, presidente da Comissão Eleitoral Independente (INEC), a uma reunião de observadores eleitorais estrangeiros e repórteres. 

Ele disse que alguns materiais eleitorais foram distribuídos e depois recolhidos, e que uma auditoria seria conduzida.  

Buhari, no poder desde 2015, enfrenta uma eleição acirrada contra Atiku, do Partido Popular Democrático (PDP). A Nigéria é a maior economia da África e grande produtora de petróleo. 

O presidente do PDP, Uche Secondus, disse que o adiamento é "perigoso para a democracia". Ele disse que Buhari tenta "se segurar no poder mesmo sendo óbvio que os nigerianos querem que ele saia".

Buhari, governante militar da Nigéria durante os anos 1980, afirmou estar "profundamente decepcionado" e pediu que nigerianos "evitem qualquer desordem civil e permaneçam pacíficos, patrióticos e unidos".

Atiku afirmou a repórteres que estava chocado pelo adiamento, mas pediu que os eleitores sejam pacientes. Ele posteriormente afirmou que a administração de Bihari estava por trás das eleições adiadas, sem oferecer qualquer evidência.

As eleições presidenciais de 2011 e 2015 também foram adiadas por problemas logísticos e de segurança. 

Seis pessoas foram mortas em uma explosão em Maiduguri, supostamente realizada por militantes islâmicos, na manhã de sábado, disse a Agência de Administração de Emergências, apesar medidas de segurança mais fortes na maior parte do país.

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