PUBLICIDADE

Ásia

Bombardeio em Damasco deixa ao menos 19 mortos

26 nov 2017 - 11h51
(atualizado às 14h25)
Compartilhar
Exibir comentários

Uma operação do governo sírio e forças aliadas para tomar o último grande reduto rebelde próximo à capital Damasco deixou ao menos 19 pessoas mortas neste domingo (26) e várias feridas, informou o Observatório Sírio para Direitos Humanos.

O grupo monitor informou que ao menos 123 pessoas, incluindo 26 crianças, foram mortas por ataques aéreos e troca de tiros desde que o Exército sírio, apoiado por caças russos, começou uma ofensiva há cerca de duas semanas para tomar a área sitiada de Ghouta Oriental, tomada por rebeldes.

Foto: Google Maps / Reprodução

Ghouta Oriental é uma das diversas zonas de "desescalada" espalhadas pelo oeste de Síria, onde a Rússia mediou acordos para amenizar confrontos entre rebeldes e o governo do presidente Bashar al-Assad.

Uma testemunha da Reuters disse que havia drones no céu desde a manhã deste domingo e que aviões de guerra haviam bombardeado fortemente as cidades de Mesraba e Harasta. Intensa troca de tiros também ocorreu em Ghouta Oriental e dezenas de pessoas foram feridas.

As forças de Assad têm sitiado Ghouta Oriental desde 2012 e a área passa por uma crise humanitária.

Moradores de Ghouta sofrem com a escassez de alimentos e estão comendo lixo, desmaiando de fome e forçando crianças a comerem em dias alternados, informou o Programa Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) em relatório nesta semana.

A oposição do conselho local da região rural de Damasco e Ghouta Oriental informou nesta semana que o aumento de bombardeios está forçando pessoas a buscarem abrigo em locais impróprios e insalubres, o que o conselho teme poder levar a surtos de doenças.

Diversos tiros disparados do enclave rebelde atingiram Damasco nas últimas duas semanas. A guerra civil de seis anos na Síria deixou centenas de milhares de pessoas mortas e forçou milhões a fugirem, na pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.

Veja também

A guerra contra atiradores do Estado Islâmico escondidos nas ruínas que sobraram de Raqqa:
Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade