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OMS solicita mais evidências sobre transmissão da Covid-19 pelo ar

9 jul 2020 - 15h51
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta quinta-feira novas diretrizes sobre a transmissão do novo coronavírus, que reconhecem alguns relatos de transmissão pelo ar do vírus causador da Covid-19, mas não chegou a confirmar que o vírus se propaga pelo ar.

Modelo em 3D representando o novo coronavírus
25/03/2020
REUTERS/Dado Ruvic
Modelo em 3D representando o novo coronavírus 25/03/2020 REUTERS/Dado Ruvic
Foto: Reuters

Em suas diretrizes mais recentes sobre transmissão, a OMS reconheceu que alguns relatos sobre casos relacionados a espaços fechados lotados sugeriram a possibilidade de transmissão por aerossol, como restaurantes ou aulas de ginástica.

Mas a OMS afirmou que mais pesquisas são "urgentemente necessárias para investigar tais casos e avaliar seu significado para a transmissão da Covid-19".

Com base na revisão das atuais evidências, a OMS afirmou que o novo coronavírus, causador da Covid-19, se espalha entre as pessoas por contato direto ou indireto com superfícies contaminadas ou o contato próximo com pessoas infectadas que espalham o vírus pela saliva, secreções respiratórias ou gotículas liberadas quando uma pessoa infectada tosse, espirra, fala ou canta.

O documento foi divulgado após uma carta aberta de cientistas especializados na propagação de doenças elo ar --os chamados aerobiologistas-- que solicitaram ao organismo global atualizar suas orientações sobre como a doença respiratória se propaga, para incluir a transmissão por aerossol.

"Este é um movimento na direção certa, embora pequeno. Está ficando claro que a pandemia é causada por eventos de grande propagação e que a melhor explicação para muitos desses eventos é a transmissão por aerossol", disse Jose Jimenez, um químico da Universidade do Colorado que assinou a carta, publicada na segunda-feira na revista Clinical Infectious Diseases.

A frequência com que o coronavírus se espalha pela via aérea ou pelo aerossol --ao contrário de gotículas maiores em tosses e espirros-- não é clara.

Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, afirmou que ainda não existem muitas evidências sólidas sobre a transmissão aérea do Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19, mas disse: "Eu acho é uma suposição razoável de que isso ocorra".

Embora incompletas, as evidências até o momento são "a base fundamental do motivo pelo qual agora estamos tão empenhados em fazer com que as pessoas --particularmente pessoas sem sintomas-- usem máscaras. Para poder ver se podemos mitigar isso", disse ele.

As orientações da OMS reconhecem que a transmissão pelo ar do novo coronavírus pode ocorrer durante procedimentos médicos específicos que produzem aerossóis, como durante a intubação.

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