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Mundo

OMS pede fim de acordos bilaterais entre países e fabricantes de vacinas

Diretor defendeu acesso à imunização de forma equitativa

8 jan 2021 - 15h35
(atualizado às 15h47)
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O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Gebreyesus, pediu nesta sexta-feira (8) para os países deixarem de fazer "acordos bilaterais" com as empresas fabricantes das vacinas contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2), para que o mundo todo consiga ter acesso à imunização de maneira equitativa.

Diretor defendeu acesso à imunização de forma equitativa
Diretor defendeu acesso à imunização de forma equitativa
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A declaração foi dada pelo executivo durante coletiva de imprensa e é destinada principalmente às nações que fazem parte da aliança Covax, um mecanismo da ONU para facilitar a aquisição de vacinas.

Segundo Adhanom, o acordo "potencialmente aumenta o preço para todos e significa que as pessoas de alto risco nos países mais pobres e marginalizados não recebem a vacina".

"No futuro, quero ver os fabricantes priorizando o fornecimento e a implementação por meio da Covax", disse.

O diretor da OMS ainda fez um apelo para todas as nações que adquiriram doses extras de imunizantes liberem "imediatamente" os lotes para a Covax, que distribuirá cerca de 2 bilhões de doses de vacinas até o término de 2021.

Além disso, Adhanom lembrou que 42 países já iniciaram a campanha de vacinação, sendo 36 de alta renda e sete de renda média. "O nacionalismo da vacina prejudica a todos nós e é autodestrutivo. Nenhum país é excepcional e deve cortar a fila e vacinar toda a sua população enquanto alguns ficam sem a vacina", finalizou.

Até agora, mais de 17 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus Sars-CoV-2 foram aplicadas em todo o mundo, segundo levantamento do site "Our World in Data" até esta manhã.

Eficácia -

Em relação à eficácia da vacina, a médica da OMS, Maria van Kerkhove, afirmou que alguns estudos mostram que a imunidade ao coronavírus de quem recebeu o medicamento pode durar entre "seis e oito meses".

Ansa - Brasil   
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