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Mundo

OMS eleva para 5 nível de alerta por gripe suína

29 abr 2009 - 16h46
(atualizado às 18h31)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou, nesta quarta-feira, para cinco (pandemia iminente) o nível de alerta pela gripe suína. O anúncio foi feito pela diretora-geral da organização, Margaret Chan.

O anúncio foi feito pela diretora-geral da OMS, Margaret Chan
O anúncio foi feito pela diretora-geral da OMS, Margaret Chan
Foto: AP

A aparição de casos de pessoas contaminadas e que não estiveram no México - onde surgiu o vírus - foi o que motivou a organização a elevar o alerta ao nível cinco em uma escala que vai até seis. De acordo com a OMS, a transmissão de pessoa para pessoa está acontecendo em pelo menos dois países.

"Toda a humanidade está sob a ameaça de uma pandemia", disse Chan, que fez uma chamada a governos, indústrias farmacêuticas e comunidade de negócios para que unam seus esforços e recursos a fim de enfrentar esta crise.

O responsável da OMS lembrou que "os vírus da gripe são conhecidos por serem imprevisíveis" e disse que uma pandemia com o atual vírus pode ser com doença "desde leve até muito severa".

Chan também afirmou que uma pandemia será muito mais devastadora e grave nos países em desenvolvimento e com menos recursos. A decisão de ativar o nível cinco de alerta significa que as ações dos governos devem passar da preparação à resposta em nível global, para tentar reduzir o impacto na sociedade.

Segundo o guia que a própria instituição distribuiu entre seus Estados-membros, esta decisão implica em que se deve intensificar da fase de preparação à das ações, tanto para os países que já tiverem casos confirmados quanto os que ainda não.

Após iniciado o comitê de emergência de cada país, segundo a OMS, o principal é ter bem abastecida a rede de distribuição de remédios ou tratamentos disponíveis. Além disso, os países devem avaliar de forma completa se precisam de ajuda externa, e solicitá-la se for necessário, para ajudar não só a própria população, mas evitar que a pandemia se estenda aos países vizinhos.

Em nível de laboratório, também é importante que se comprove se houve mudanças genéticas nos vírus, com base nas amostras dos pacientes infectados. Diante dos cidadãos, o país deveria conseguir que se minimizem os níveis de interação fora de casa e, sobretudo, conseguir que, em caso de sinais de gripe, a pessoa seja isolada o mais rápido possível.

Os países que ainda não estiverem afetados pela pandemia precisam também ativar um comitê de crise que esteja preparado para distribuir as vacinas e aplicar as medidas necessárias para contê-la. Mas, especificamente, a OMS não recomenda o fechamento das fronteiras para as pessoas e mercadorias, as desinfecções generalizadas, o uso de máscaras para as pessoas que estiverem saudáveis, a restrição de viagens no interior do país, a não ser que a zona de infecção esteja muito delimitada.

A OMS disse que deve impulsionar a assistência para aqueles países severamente afetados e para os países pobres que não puderem conter a pandemia. Além disso, a agência coordenará as ações das diversas instituições internacionais e controlar a expansão da doença e as possíveis mudanças geradas pelo vírus. Também, caso seja encontrada uma vacina, a OMS deverá promover sua produção e, sobretudo, maciças campanhas de vacinação.

Gripe Suína

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe suína é causada por uma variante do vírus influenza tipo A, que porta a designação H1N1. O órgão teme uma pandemia caso o vírus sofra uma nova mutação que torne os humanos incapazes de combater a doença, por falta de anticorpos.

A gripe suína teria matado mais de 150 pessoas no México, país mais afetado pelo surto, onde cerca de 2 mil pessoas estariam infectadas. No entanto, autoridades sanitárias do país confirmaram apenas 49 casos e 7 mortes relacionadas ao vírus AH1N1.

Nos EUA, até o momento foram confirmados 91 casos de pessoas com gripe suína; uma pessoa morreu. Com suspeita de contaminação, 30 pessoas no Brasil são monitoradas pelo Ministério da Saúde.

Com informações da EFE

Fonte: Redação Terra
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