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OMS e Fifa fazem campanha contra violência doméstica por aumento de casos durante pandemia

26 mai 2020 - 17h38
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A Fifa anunciou nesta terça-feira que se uniu à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Comissão Europeia em uma campanha para ajudar mulheres e crianças vitimadas pela violência doméstica em meio a um aumento de casos resultante das medidas rígidas de confinamento provocadas pela pandemia de coronavírus.

Cartaz com foto de Alicia Cortez Lara, considerada desaparecida e encontrada morta em Ecatepec, 
 2/3/2020 REUTERS/Luis Cortes
Cartaz com foto de Alicia Cortez Lara, considerada desaparecida e encontrada morta em Ecatepec, 2/3/2020 REUTERS/Luis Cortes
Foto: Reuters

Quase um terço das mulheres de todo o mundo são vítimas de violência física ou abusos sexuais por parte de seus parceiros ou outras pessoas, e cerca de 1 bilhão de crianças de idades entre dois e 17 anos (a metade dos menores do mundo) sofre violência física, sexual ou abandono todos os anos, de acordo com dados da OMS.

Na América Latina e no Caribe, 58% das crianças sofrem abusos sexuais, físicos ou emocionais, e 30% das mulheres já sofreram violência por parte de seu companheiro afetivo em algum momento da vida.

"Da mesma maneira que não se tolera o abuso físico, sexual ou psicológico no esporte, tampouco se deve tolerar em casa", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em um comunicado.

"(Devido ao) isolamento a que estão submetidas muitas pessoas por causa da Covid-19, o risco de sofrer violência doméstica aumentou tragicamente", acrescentou.

As medidas de distanciamento social impostas em muitos países dificultam para mulheres e crianças se refugiarem com familiares, amigos ou agentes de saúde, algo que era mais viável antes da pandemia, de acordo com a OMS, que também é parte da campanha #SafeHome.

"Pedimos à comunidade do futebol que se conscientize desta situação intolerável, que afeta especialmente as mulheres e as crianças em seus lares, um lugar em que deveriam se sentir seguros e felizes", disse por sua parte o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

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