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OMS diz que 500 pacientes sírios têm sintomas de exposição a armas químicas

11 abr 2018 - 10h48
(atualizado às 11h18)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta quarta-feira que cerca de 500 pessoas foram tratadas por "sinais e sintomas condizentes com a exposição a produtos químicos tóxicos" depois de um possível ataque com gás venenoso em um bastião rebelde da Síria.

Criança chora em hospital em Douma, após suposto ataque químico na Síria  08/04/2018 White Helmets/Reuters TV via REUTERS
Criança chora em hospital em Douma, após suposto ataque químico na Síria 08/04/2018 White Helmets/Reuters TV via REUTERS
Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e aliados ocidentais estão cogitando uma ação militar para punir o presidente sírio, Bashar al-Assad, pelo suposto ataque com gás venenoso no sábado na cidade de Douma, que vinha resistindo há tempos a um cerco do governo. Damasco disse que os relatos de um ataque com gás são falsos.

A OMS repudiou o incidente e disse que mais de 500 moradores de Douma foram tratados por sintomas de envenenamento por gás.

"Havia sinais em particular de irritação grave das membranas mucosas, dificuldades respiratórias e perturbação do sistema nervoso central daqueles expostos", disse a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) em um comunicado emitido em Genebra.

O comunicado alertou que a OMS não tem nenhum papel formal nas investigações forenses sobre o uso de armas químicas. Inspetores internacionais de armas químicas estão buscando garantias de passagem livre de e para Douma da parte de Damasco para determinar se munições proibidas em todo o mundo foram usadas, mas não atribuirá culpa.

A OMS também disse haver relatos de que mais de 70 pessoas que se abrigavam de bombardeios em porões no antigo bolsão rebelde de Ghouta Oriental, onde Douma se localiza, morreram.

Segundo a entidade, 43 destas mortes foram "relacionadas a sintomas condizentes com a exposição a produtos químicos altamente tóxicos", citando relatos de seus parceiros de saúde locais.

"Todos nós deveríamos estar revoltados com estes relatos e imagens horríveis de Douma", disse Peter Salama, vice-diretor-geral de prontidão e reação a emergências da OMS.

"A OMS exige acesso imediato e desimpedido à área para levar ajuda aos afetados, para acessar os impactos de saúde e para proporcionar uma assistência de saúde pública abrangente", afirmou.

As agências de assistência da ONU não têm acesso à maior parte de Ghouta Oriental, de onde os insurgentes estão se retirando em respeito a um acordo com o governo sírio que restaurou o controle estatal sobre a região.

A OMS disse ter treinado mais de 800 agentes de saúde sírios para reconhecer sintomas e tratar pacientes expostos a armas químicas e ter distribuído antídotos contra agentes nervosos.

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