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Mundo

Ofensiva da Turquia contra curdos na Síria deixa 11 mortos

O ataque foi criticado por vários países, incluindo EUA e Itália

9 out 2019 - 17h10
(atualizado às 17h15)
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Pelo menos 11 pessoas, sendo oito civis e três combatentes, morreram nesta quarta-feira (9) durante ataques turcos após o presidente Recep Tayyip Erdogan iniciar uma invasão ao nordeste da Síria para combater forças curdas, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Segundo dados da ONG, duas vítimas teriam sido atingidas por disparos de artilharia contra a cidade de Qamishli. A ofensiva começou após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a retirada das tropas americanas da região.

Ofensiva da Turquia contra curdos na Síria deixa 11 mortos
Ofensiva da Turquia contra curdos na Síria deixa 11 mortos
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    A coalizão curda Forças Democráticas da Síria (SDF), principal aliada dos EUA na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico no país árabe, relatou que há dezenas de civis feridos, além de haver um "pânico generalizado". Hoje cedo, Trump chegou a falar que o ataque era uma "má ideia" e que não conta com o apoio dos Estados Unidos. Além disso, o republicano pediu para Ancara proteger as minorias religiosas. "Os EUA não apoiam este ataque e deixou claro para a Turquia que esta operação é uma má ideia", afirmou Trump, em comunicado divulgado pela Casa Branca. De acordo com o magnata, a "Turquia se comprometeu a proteger civis, proteger minorias religiosas, incluindo cristãos, e garantindo que nenhuma crise humanitária ocorra". "Nós vamos cobrá-los por este compromisso", afirmou. Em telefona com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o chefe de Estado americano também compartilharam "uma séria preocupação com a invasão da Turquia", informou uma nota de Downing Street, ressaltando que os líderes destacaram "o risco de uma catástrofe humanitária" no nordeste da Síria. Além dos Estados Unidos e Reino Unido, os ataques estão sendo duramente criticados por outros países, incluindo a Arábia Saudita. Alemanha, Bélgica, França, Polônia e o governo britânico pediram uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para discutir a crise. Itália - O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, tem "acompanhado com preocupação os últimos acontecimentos no nordeste da Síria", conforme publicou em sua conta no Twitter. "Pedimos a Turquia para desistir imediatamente da iniciativa militar unilateral que pode prejudicar a estabilidade regional e comprometer a luta contra o Estado Islâmico", escreveu.

    O político italiano ainda ressaltou que a ofensiva é mais "um risco de outros sofrimentos para a população" da região.

Ansa - Brasil   
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