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Mundo

OEA aprova resolução pedindo eleições na Nicarágua

Documento recebeu apoio de 21 países, incluindo o Brasil

18 jul 2018 - 20h12
(atualizado às 20h39)
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O conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quarta-feira (18) uma resolução que pede a convocação de eleições na Nicarágua, que é palco de violentos confrontos há três meses.

Manifestante protesta contra governo de Daniel Ortega em Manágua, capital da Nicarágua
Manifestante protesta contra governo de Daniel Ortega em Manágua, capital da Nicarágua
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O texto recebeu 21 votos favoráveis, inclusive o do Brasil, e três contrários - da própria Nicarágua, da Venezuela e de São Vicente e Granadinas -, além de sete abstenções. Três países, incluindo a Bolívia, estavam ausentes.

Na resolução, a OEA "reitera sua enérgica condenação e sua grave preocupação" por todos os "atos de violência, repressão, violação dos direitos humanos e abusos, incluindo aqueles cometidos pela polícia, por grupos paramilitares e outros atores, contra o povo da Nicarágua".

Além disso, a organização critica os ataques à Igreja Católica no país, que tenta exercer o papel de mediadora nas negociações com a sociedade civil, e os atos de violência na Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua (Unan), principal bastião dos rebeldes.

A OEA ainda cobra que o governo e todas as partes participem "de boa fé" do diálogo nacional, como um "mecanismo para gerar soluções pacíficas sustentáveis", e apoia a criação de um "calendário eleitoral acordado conjuntamente".

Os protestos na Nicarágua começaram por causa de uma reforma previdenciária proposta pelo presidente sandinista Daniel Ortega. O projeto já foi engavetado pelo governo, mas serviu de estopim para um amplo movimento de revolta contra a repressão no país.

Ex-guerrilheiro, Ortega comanda a Nicarágua desde 2007 e está em seu terceiro mandato seguido.

Ansa - Brasil   
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