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Mundo

O executivo de uma das maiores empresas de segurança do mundo que faliu depois de sofrer um supergolpe

Alf Göransson foi alvo de phishing, roubo de dados que permite com que ladrão se passe pela vítima.

17 jul 2017 - 10h51
(atualizado em 18/7/2017 às 06h06)
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Diretor-executivo de uma das maiores empresas de segurança do mundo, a sueca Securitas AB, Alf Göransson recebeu uma notificação da Corte Distrital de Estocolmo na segunda-feira passada informando-lhe que estava falido.

Alguém usara os seus dados pessoais para pedir um empréstimo em seu nome. Em seguida, a pessoa apresentou às autoridades um pedido de falência. A requisição foi aceita pela Justiça, e o Escritório Sueco de Registro e Empresas decidiu retirar o nome do executivo dos registros onde ele constava como CEO da Securitas AB.

Diante do problema, a própria empresa informou a imprensa sobre o ocorrido por meio de um comunicado.

Vítima de phishing

A notícia não causou uma grande surpresa para Göransson. O empresário descobriu no início de abril que haviam tentado fazer um empréstimo em seu nome no mês anterior. Imediatamente, avisou a polícia.

No entanto, ele não conseguiu descobrir de que tipo de empréstimo se tratava nem qual era o montante devido.

Ele tinha sido alvo de phishing, um roubo de dados que permite com que o ladrão se passe pela vítima.

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Informações básicas como nome completo, telefone, endereço, data de nascimento e número do banco já podem ser suficientes para falsificar pedidos de empréstimo, cartões de crédito e contratos de telefone.

Nos Estados Unidos, dados de metade das vítimas de phishing são usados em formulários do governo, como pedidos de subsídios, de acordo com a Insurance Information Institute (Instituto de Informações de Seguros), entidade do setor de seguros.

Casos como esses estão aumentando na Suécia, onde foram registrados 12,8 mil casos de phishing no primeiro semestre deste ano, segundo a agência de informações financeiras Bloomberg.

Una chaqueta con el logo de Securitas AB.
Una chaqueta con el logo de Securitas AB.
Foto: BBC News Brasil

Apelação

A Securitas AB oferece serviços de segurança física —como seguranças, escolta etc— e digital. A companhia faturou US$ 10,5 bilhões (R$ 30,2 bi) em 2016. Possui 330 mil funcionários e atua na Europa e na América.

Desde que denunciou o caso à polícia, Göransson não havia recebido retorno. Até semana passada, quando soube que seu nome estava sujo.

Ele procurou a polícia no mesmo dia e entrou com um pedido na Justiça para limpar seu nome.

Finalmente, conseguiu reverter a situação dois dias depois e acaba de ser oficializado novamente como diretor da Securitas AB pelo Escritório Sueco de Registro e Empresas.

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