Núncio do Papa na França é alvo de nova acusação de assédio
Arcebispo foi acusado por dois homens de apalpar suas nádegas
Uma segunda denúncia por agressão sexual foi apresentada nesta segunda-feira (18), em Paris, contra o núncio apostólico na França, Luigi Ventura, arcebispo italiano de 74 anos, informou o jornal francês "Le Monde".
Na última semana, a publicação já havia revelado que a Procuradoria de Paris abriu um inquérito no dia 24 de janeiro para apurar uma acusação feita por um funcionário municipal que alegou ter sido assediado pelo religioso durante evento em 17 de janeiro. A nova denúncia, por sua vez, diz respeito a outro funcionário da prefeitura da capital francesa, identificado pelo jornal como Benjamin G., de 39 anos de idade. De acordo com o "Le Monde", o "embaixador" do Vaticano teria apalpado as nádegas do ex-funcionário durante a mesma cerimônia de Ano Novo, mas em 2018. A denúncia é equivalente a primeira acusação. "Eu estava na primeira fila, a dois metros de Anne Hidalgo [prefeita de Paris], quando uma pessoa se aproximou pela esquerda. Estava ocupado trabalhando, então não me virei", relatou a vítima ao jornal francês.
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Segundo o homem, Ventura colocou a mão esquerda em seu ombro e com sua mão direita apertou suas nádegas, com um sorriso descontraído, como se fosse algo normal. "Congelei, estávamos em plena cerimônia, saí dali", acrescentou.
O segundo caso é revelado na mesma semana em que o papa Francisco realizará uma cúpula no Vaticano para debater os casos de abusos sexuais cometidos dentro da Igreja Católica. Ventura foi ordenado em 1969, aos 25 anos de idade, para a diocese italiana de Brescia. Em 1978, ele foi chamado para trabalhar no serviço diplomático da Santa Sé e estudou na Pontifícia Academia Eclesiástica. O religioso possui doutorado em Letras Modernas e é formado em Direito Canônico. O "embaixador" do Vaticano no território francês representa a Santa Sé em Paris desde 2009.
