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Número de jornalistas presos tem alta global em 2021 e 24 morreram, diz CPJ

9 dez 2021 - 10h30
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O número de jornalistas de todo o mundo que estão atrás das grades atingiu uma alta global em 2021, de acordo com um novo relatório da entidade sem fins lucrativos Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que diz que 293 repórteres foram presos até o dia 1º de dezembro deste ano.

Ao menos 24 jornalistas foram mortos por causa de seu trabalho e outros 18 morreram em circunstâncias que tornam muito difícil determinar se foram visados por causa de seu trabalho, disse o CPJ nesta quinta-feira em seu levantamento anual sobre a liberdade de imprensa e ataques à mídia.

Embora as razões para prender repórteres variem entre países, a cifra recorde reflete tumultos políticos em todo o mundo e uma intolerância crescente com a cobertura independente, de acordo com a entidade sediada nos Estados Unidos.

"Este é o sexto ano em seguida em que o CPJ documenta números recordes de jornalistas aprisionados em todo o mundo", disse seu diretor-executivo, Joel Simon, em um comunicado. "O número reflete dois desafios indissociáveis: governos estão determinados a controlar e administrar informações e estão cada vez mais insolentes em seus esforços para fazê-lo."

Entre os jornalistas que foram mortos neste ano estão Danish Siddiqui, um fotógrafo da Reuters que morreu em um ataque do Taliban no Afeganistão em julho, e Gustavo Sanchez Cabrera, que foi morto a tiros no México em junho.

A China prendeu 50 jornalistas, o maior número de qualquer país, seguida por Mianmar (26), que prendeu repórteres como parte de uma repressão na esteira de seu golpe militar de 1º de fevereiro, depois Egito (25), Vietnã (23) e Belarus (19), disse o CPJ.

Pela primeira vez, a lista da entidade inclui jornalistas encarcerados em Hong Kong, um subproduto da lei de segurança nacional de 2020 que torna tudo que a China considerar subversão, secessão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras punível até com prisão perpétua.

O México, onde jornalistas são visados com frequência quando seu trabalho incomoda gangues de criminosos ou autoridades corruptas, continua o país mais perigoso do hemisfério ocidental para repórteres, segundo o CPJ.

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