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Mundo

Novos ataques elevam tensão entre israelenses e palestinos

Casa Branca defendeu 'dois estados' e condenou violência

11 mai 2021 - 17h26
(atualizado às 17h50)
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Um foguete disparado da Faixa de Gaza pelo grupo palestino Hamas atingiu uma das infraestruturas estratégicas mais importantes de Ashkelon, em Israel: o oleoduto da Med-Red Land Bridge, que liga o Mediterrâneo ao porto de Eilat no sul do Mar Vermelho.

Ônibus vazio foi atingido por foguete do Hamas
Ônibus vazio foi atingido por foguete do Hamas
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Imagens da TV local mostram um grave incêndio em andamento, em meio à escalada de violência entre as forças de segurança israelenses e os palestinos, que já deixou ao menos 30 mortos, incluindo 10 crianças palestinas, e centenas de feridos.

Nesta tarde, sirenes soaram na segunda maior cidade de Israel, Tel Aviv, e sistemas de escudo antimísseis foram acionados. Segundo as autoridades locais, alguns foguetes foram lançados e chegaram a cair nos arredores do município.

Durante um bombardeio do grupo palestino Hamas contra Holon, uma área urbana ao sul de Tel Aviv, algumas pessoas ficaram feridas e um ônibus vazio também foi atingido nas imediações.

Já em Rishon Lezion um edifício foi atingido e três mulheres morreram. Além disso, o aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, suspendeu todas as suas decolagens para "permitir a defesa do espaço aéreo".

Logo depois, um ataque de Israel derrubou um prédio residencial de 13 andares na Faixa de Gaza, de acordo com o Exército israelense. O edifício abriga um escritório usado por líderes políticos do Hamas.

Em discurso televisivo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Hamas e a Jihad pagaram e vão pagar um alto preço. "Atingimos centenas de alvos em Gaza, matamos terroristas, atingimos bases e torres do Hamas. Continuamos a atacar com força total", afirmou.

Segundo o premiê, a campanha militar vai demorar. "Vamos continuar".

Casa Branca -

Os Estados Unidos continuam a apoiar a solução de dois estados para o conflito entre Israel e Palestina, revelou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, nesta terça-feira.

Durante coletiva, ela reiterou ainda que o governo do democrata Joe Biden condenou a escalada de violência na região.

A declaração relança a solução para a crise proposta pelo ex-presidente Donald Trump em seu plano de paz para o Oriente Médio no ano passado. Na ocasião, o republicano defendeu a necessidade de dois estados, desde que a hostilidade e os ataques sejam encerrados na região.

Ontem, o governo americano já havia pedido o fim das tensões entre Israel e grupos palestinos, assim como a União Europeia (UE). No entanto, os confrontos se intensificaram hoje.

O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, fez um apelo para tanto Israel quanto os palestinos cessarem mortes de civis.

"Israel tem o direito de se defender. Ao mesmo tempo, os boletins de mortes de civis são algo que lamentamos e gostaríamos que cessassem. Não queremos ver provocações. As provocações que temos visto resultaram em uma perda de vidas profundamente lamentável", finalizou.

Ansa - Brasil   
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