Novos ataques elevam tensão entre israelenses e palestinos
Casa Branca defendeu 'dois estados' e condenou violência
Um foguete disparado da Faixa de Gaza pelo grupo palestino Hamas atingiu uma das infraestruturas estratégicas mais importantes de Ashkelon, em Israel: o oleoduto da Med-Red Land Bridge, que liga o Mediterrâneo ao porto de Eilat no sul do Mar Vermelho.
Imagens da TV local mostram um grave incêndio em andamento, em meio à escalada de violência entre as forças de segurança israelenses e os palestinos, que já deixou ao menos 30 mortos, incluindo 10 crianças palestinas, e centenas de feridos.
Nesta tarde, sirenes soaram na segunda maior cidade de Israel, Tel Aviv, e sistemas de escudo antimísseis foram acionados. Segundo as autoridades locais, alguns foguetes foram lançados e chegaram a cair nos arredores do município.
Durante um bombardeio do grupo palestino Hamas contra Holon, uma área urbana ao sul de Tel Aviv, algumas pessoas ficaram feridas e um ônibus vazio também foi atingido nas imediações.
Já em Rishon Lezion um edifício foi atingido e três mulheres morreram. Além disso, o aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, suspendeu todas as suas decolagens para "permitir a defesa do espaço aéreo".
Logo depois, um ataque de Israel derrubou um prédio residencial de 13 andares na Faixa de Gaza, de acordo com o Exército israelense. O edifício abriga um escritório usado por líderes políticos do Hamas.
Em discurso televisivo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Hamas e a Jihad pagaram e vão pagar um alto preço. "Atingimos centenas de alvos em Gaza, matamos terroristas, atingimos bases e torres do Hamas. Continuamos a atacar com força total", afirmou.
Segundo o premiê, a campanha militar vai demorar. "Vamos continuar".
Casa Branca -
Os Estados Unidos continuam a apoiar a solução de dois estados para o conflito entre Israel e Palestina, revelou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, nesta terça-feira.
Durante coletiva, ela reiterou ainda que o governo do democrata Joe Biden condenou a escalada de violência na região.
A declaração relança a solução para a crise proposta pelo ex-presidente Donald Trump em seu plano de paz para o Oriente Médio no ano passado. Na ocasião, o republicano defendeu a necessidade de dois estados, desde que a hostilidade e os ataques sejam encerrados na região.
Ontem, o governo americano já havia pedido o fim das tensões entre Israel e grupos palestinos, assim como a União Europeia (UE). No entanto, os confrontos se intensificaram hoje.
O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, fez um apelo para tanto Israel quanto os palestinos cessarem mortes de civis.
"Israel tem o direito de se defender. Ao mesmo tempo, os boletins de mortes de civis são algo que lamentamos e gostaríamos que cessassem. Não queremos ver provocações. As provocações que temos visto resultaram em uma perda de vidas profundamente lamentável", finalizou.