PUBLICIDADE

Mundo

No G7, Itália defende recuperação econômica justa e sustentável

11 jun 2021 - 18h53
Compartilhar
Exibir comentários

Em sua estreia na cúpula do G7 na Cornualha, no Reino Unido, o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, defendeu nesta sexta-feira (11) um plano de recuperação econômica mais justo e sustentável pós-pandemia de Covid-19.

    Segundo ele, "este é um bom momento para a economia mundial, principalmente porque a recuperação atingiu um pico forte e as políticas implementadas durante a fase mais aguda da pandemia se mostraram corretas".

    Durante seu discurso no painel sobre economia, segundo fontes do Palazzo Chigi, Draghi explicou que o governo italiano tem priorizado "medidas de apoio voltadas para empresas e pessoas".

    "Agora estamos focando cada vez mais nos gastos com investimentos e menos nos subsídios", disse Draghi, acrescentando que "existem boas razões para uma política fiscal expansionista".

    De acordo com o premiê italiano, "isso serve para fortalecer o crescimento e proteger os trabalhadores durante as transições pelas quais a economia está passando". "O crescimento econômico é hoje a melhor forma de garantir a sustentabilidade das finanças públicas", afirmou.

    Para Draghi "é necessário manter um quadro de política fiscal prudente no longo prazo, para tranquilizar os investidores e evitar políticas restritivas dos bancos centrais".

    "Esta fase de recuperação deve ser gerida de forma diferente das crises anteriores. No passado, durante as outras crises, nos nossos países esquecíamos da coesão social", lembrou o líder italiano, enfatizando o "dever moral" de agir de maneira diferente.

    Além disso, o premiê enfatizou a importância de políticas ativas de trabalho para ajudar os mais fracos, especialmente mulheres e jovens.

    No primeiro dia de reunião, os países do G7 debateram "medidas para uma recuperação econômica mais justa e sustentável que responda aos desafios únicos" da atualidade.

    Para o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, esta é uma "enorme" oportunidade para acelerar a saída de seus respectivos países e do mundo "da miséria da pandemia".

    "Precisamos aprender com a pandemia e garantir que alguns dos erros que cometemos sem dúvida nos últimos 18 meses não voltem a acontecer", afirmou o britânico.

    Ele ainda disse que, em relação ao futuro, é preciso buscar uma recuperação em que haja mais patrimônio, para "reconstruir para melhor" o cenário econômico global. "Temos uma grande oportunidade de fazer isso neste G7", insistiu Johnson.

    Logo depois da discussão, em uma publicação no Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou que a "primeira sessão do G7 reflete nossa prioridade comum: garantir a recuperação para todos".

    "Garantiremos que os mais afetados pela pandemia não sejam deixados para trás. A UE aumentará o apoio à parceria global para a educação para 700 milhões de euros em 2021-2027 para ajudar a transformar os sistemas de educação para meninas e mulheres", escreveu ela.

    Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ressaltou que "as sociedades democráticas estão mais bem equipadas para derrotar a pandemia de Covid-19 e restaurar a prosperidade econômica". "Junto com os líderes do G7, nos concentramos no crescimento sustentável e resiliente que funciona para todos globalmente. Só assim temos de caminhar e juntos seremos mais fortes".

    Por fim, um porta-voz da Casa Branca anunciou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou o primeiro dia do G7 como "positivo e produtivo, focado em como trabalhar juntos para construir uma economia mais inclusiva e justa".

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade