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No G7, Draghi pressiona por fim de dependência do gás russo

26 jun 2022 - 16h00
(atualizado às 16h42)
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O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, voltou a insistir na "necessidade de eliminar para sempre a dependência energética da Rússia" e reafirmou sua proposta de impor um teto ao preço do gás para reduzir o financiamento a Moscou após a invasão à Ucrânia.

No G7, Draghi pressiona por fim de dependência do gás russo
No G7, Draghi pressiona por fim de dependência do gás russo
Foto: EPA / Ansa - Brasil

As declarações foram dadas neste domingo (26) durante a cúpula do G7, grupo que reúne as sete nações mais ricas do mundo, na Baviera, no sul da Alemanha.

"Colocar um teto no preço dos combustíveis fósseis importados da Rússia tem um objetivo geopolítico, além de econômico e social. Precisamos reduzir nosso financiamento para a Rússia. E precisamos eliminar uma das principais causas da inflação", disse Draghi em seu discurso.

Segundo ele, "mesmo quando os preços da energia caem, é impensável voltar a ter a mesma dependência da Rússia que tínhamos". "Devemos eliminar para sempre nossa dependência" russa.

De acordo com o premiê italiano, é preciso "evitar os erros cometidos após a crise de 2008" porque a "crise energética não deve produzir um retorno do populismo".

"Temos as ferramentas para fazer isso: devemos mitigar o impacto do aumento dos preços da energia, compensar as famílias e empresas em dificuldades, tributar as empresas que obtêm lucros inesperados", acrescentou.

Para o chefe de governo da Itália, "na situação atual, há necessidades de curto prazo que exigirão grandes investimentos em infraestrutura de gás para países em desenvolvimento".

Já em relação à situação na Ucrânia após o início da invasão russa em 24 de fevereiro, Draghi defendeu a necessidade de "acelerar os esforços na frente da segurança alimentar".

"É essencial desbloquear o trigo na Ucrânia muito antes de meados de setembro, quando a nova colheita chegará. Devemos dar todo o nosso apoio às Nações Unidas, para que possa avançar mais rapidamente no seu trabalho de mediação", concluiu.

Ansa - Brasil   
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