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Nisman foi vítima de crime de lesa-humanidade, diz ex-esposa

Morte do promotor argentino completou três anos sem solução

19 jan 2018 - 20h46
(atualizado em 20/1/2018 às 10h55)
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Três anos depois da misteriosa morte do promotor argentino Alberto Nisman, em 18 de janeiro de 2015, sua ex-esposa e juíza federal Sandra Arroyo Salgado declarou que seu ex-marido foi vítima de um "plano criminoso" elaborado por "agentes do Estado".

Protesto em Buenos Aires no aniversário de três anos da morte de Nisman
Protesto em Buenos Aires no aniversário de três anos da morte de Nisman
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Nisman foi encontrado morto em sua casa, com um tiro na cabeça, e desde então a Argentina se divide entre aqueles que acreditam em homicídio e os que apostam em suicídio. Para Arroyo Salgado, foi um delito de "lesa-humanidade".

A única maneira de calá-lo era matá-lo", declarou a ex-esposa do promotor, de quem estava separada na época de seu falecimento. Em 19 de janeiro de 2015, Nisman deveria se apresentar a uma comissão legislativa para denunciar a então presidente Cristina Kirchner, hoje senadora, por acobertar o papel do Irã no atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em julho de 1994, que deixou 85 mortos.

O "caso Nisman" passou por inúmeras reviravoltas ao longo dos últimos três anos. Em dezembro de 2016, a Câmara Federal de Cassação Penal ordenou o prosseguimento da investigação por acobertamento e traição à pátria contra Cristina. O processo caiu nas mãos do juiz Claudio Bonadío, a quem o mesmo Nisman já havia acusado de encobrir os supostos responsáveis pelo atentado à Amia, em 2009.

Em setembro de 2017, peritos afirmaram que o promotor tinha sido assassinado, e, em dezembro, Bonadío pediu a prisão preventiva da ex-presidente no "caso Amia". Cristina escapou da cadeia porque, como senadora, tem foro privilegiado. A Câmara Federal ratificou o processo contra a ex-mandatária por acobertamento, mas retirou a acusação de traição à pátria.

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