Naufrágio na ilha de Lampedusa deixa 5 migrantes desaparecidos
Ao todo, 15 deslocados foram resgatados e levados a um hotspot
Pelo menos cinco migrantes, incluindo duas crianças e uma mulher grávida, desapareceram nesta quinta-feira (22) após o naufrágio do barco em que viajavam na costa sul da ilha de Lampedusa, no Mediterrâneo central.
Uma embarcação de pescadores de Mazara, cidade na região da Sicília, conseguiu resgatar 15 pessoas, incluindo duas mulheres e duas crianças. Todos os sobreviventes foram levados para um hotspot. Do total, ao menos dois migrantes testaram positivo para o novo coronavírus Sars-CoV-2 e, portanto, foram colocados em isolamento.
As autoridades suspeitam que todos sejam "provavelmente" cidadãos líbios. Em publicação nas redes sociais, o enviado especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) para o Mediterrâneo Central, Vincent Cochetel, afirmou que o naufrágio ocorreu após o barco deixar a Líbia, no norte da África.
As buscas pelos outros cinco deslocados estão sendo realizadas por equipes de resgate da Itália e de Malta. Atualmente, não existem barcos humanitários para socorrer os migrantes no Mediterrâneo, mas dezenas de embarcações continuam chegando à costa italiana nas últimas semanas.
De acordo com dados oficiais, mais de 26 mil migrantes desembarcaram na Itália desde o início do ano, contra cerca de 9,3 mil que chegaram no mesmo período em 2019.
Recentemente, o governo italiano aprovou um novo decreto-lei de imigração e segurança que reescreve algumas normas antimigrantes que haviam sido estabelecidas na gestão do líder de extrema direita Matteo Salvini como ministro do Interior (2018-2019).
Os chamados "Decretos Salvini" proibiam os navios humanitários de entrar em águas italianas e aplicavam multas contra as organizações não governamentais.