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Não me culpem pela crise na Venezuela, afirma Maduro

24 mai 2018 - 16h56
(atualizado às 17h45)
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O recém-reeleito presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira (24) que responsabilizá-lo pelo colapso econômico da Venezuela é uma "simplificação estúpida", mas prometeu aumentar a produção de petróleo e abrir diálogo com líderes empresariais.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante sessão especial da Assembleia Nacional Constituinte para fazer juramento para ser reeleito presidente em Caracas, na Venezuela
24/05/2018
REUTERS/Marco Bello
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante sessão especial da Assembleia Nacional Constituinte para fazer juramento para ser reeleito presidente em Caracas, na Venezuela 24/05/2018 REUTERS/Marco Bello
Foto: Reuters

Mas, sem entrar em detalhes e fazendo promessas repetidas, poucos esperam que Maduro fará mudanças significativas no modelo econômico liderado pelo Estado herdado de seu antecessor, o falecido Hugo Chávez.

Maduro venceu as eleições de domingo que críticos nacionais e estrangeiros apontaram como uma fraude cimentando sua autocracia, num momento em que a nação rica em petróleo está sofrendo com escassez cada vez maior de alimentos, crises de saúde e emigração em massa.

Apresentando suas credenciais na Assembleia Constituinte pró-governo nesta quinta-feira, Maduro rejeitou as críticas à sua legitimidade, disse que é plano dos EUA para sabotá-lo e que os oponentes estão errados em culpá-lo pela crise na Venezuela.

"É uma simplificação estúpida pensar que este problema é devido a Nicolás Maduro. É um problema de todo o país", disse ele em um discurso, usando uma faixa nas cores amarela, azul e vermelha da bandeira venezuelana.

Maduro, ex-motorista de ônibus e líder sindical, também alertou que ele sozinho não seria capaz de reverter a economia.

"Só as pessoas podem salvar as pessoas ... Quem vai nos salvar? Superman? Ou Super-Nico?", perguntou ele, usando um apelido de seu primeiro nome. "Nenhum deles existe, mas nós temos Super-Pessoas."

Maduro prometeu aumentar a produção de petróleo da Venezuela, atualmente na mínima em mais de 30 anos, em 1 milhão de barris por dia neste ano, mas não deu detalhes. Ele disse que instruiu o major-general Manuel Quevedo, ministro do Petróleo e presidente da petrolífera estatal PDVSA, a procurar a Opep, a China e a Rússia, e também as nações árabes, se precisar de ajuda.

Os opositores de Maduro dizem que ele é um autocrata imprudente que não tem um plano real para recuperar a economia caótica da Venezuela, aumentando os riscos de mais desnutrição e uma crise imensa de refugiados.

Maduro enfrenta condenação internacional após reeleição:
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