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Não é certo pedir que país atacado renuncie a armas, diz Vaticano

9 ago 2022 - 14h24
(atualizado às 15h33)
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O dono do segundo cargo mais importante na hierarquia do Vaticano afirmou nesta terça-feira (9) que "não é correto" pedir que um país agredido renuncie às armas.

Soldados ucranianos em Bucha, cidade que foi palco de massacres contra população civil durante ocupação russa
Soldados ucranianos em Bucha, cidade que foi palco de massacres contra população civil durante ocupação russa
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A declaração é mais um sinal de apoio da Santa Sé à Ucrânia, que desde 24 de fevereiro é alvo de uma invasão promovida pela Rússia.

"O desarmamento é a única resposta adequada a tais problemas, como defende o magistério da Igreja. Um desarmamento geral e submetido a controles rigorosos. Neste sentido, não me parece correto pedir ao agredido que renuncie às armas e não pedi-lo antes a quem está atacando", disse o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, em entrevista à revista italiana de geopolítica Limes.

Segundo o chefe da diplomacia da Santa Sé, o "catecismo da Igreja Católica prevê a legítima defesa".

"Os povos têm o direito de se defender se forem atacados. Mas essa legítima defesa deve ser exercida sob algumas condições que o próprio catecismo enumera: que todos os outros meios para colocar fim à agressão tenham se demonstrado impraticáveis ou ineficazes, que haja fundadas razões de sucesso e que o uso das armas não provoque desordens mais graves que aquelas a ser eliminadas", acrescentou.

Na mesma entrevista, Parolin disse que o papa Francisco "condenou desde o primeiro instante a agressão russa à Ucrânia" e "nunca colocou no mesmo plano o agressor e o agredido". 

Ansa - Brasil   
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