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Na Ucrânia, Blinken alerta para 'ações agressivas' da Rússia

Secretário de Estado dos EUA está em visita a Kiev

19 jan 2022 - 14h08
(atualizado às 14h20)
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarcou na manhã desta quarta-feira (19) em Kiev, em meio aos crescentes temores sobre uma possível invasão da Rússia ao leste da Ucrânia.

Volodymyr Zelensky recebe Antony Blinken em Kiev
Volodymyr Zelensky recebe Antony Blinken em Kiev
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O chefe da diplomacia americana foi recebido pelo presidente Volodymyr Zelensky e, na próxima sexta-feira (21), se reunirá com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em Genebra, para tentar evitar a eclosão de um conflito armado.

"Sabemos que existem planos para aumentar aquelas forças [na fronteira com a Ucrânia] com um pré-aviso muito breve, e isso dá ao presidente Putin a capacidade de praticar novas ações agressivas contra a Ucrânia", declarou Blinken.

Além disso, o secretário instou o presidente da Rússia a escolher um "caminho diplomático e pacífico" para resolver a crise.

Por sua vez, Zelensky agradeceu pelo apoio dos EUA em "tempos difíceis", o que inclui o envio de mais US$ 200 milhões para assistência em defesa e segurança.

Já o chanceler Dmytro Kuleba garantiu que a Ucrânia não planeja nenhuma ofensiva em Donbass, região dominada por rebeldes pró-Rússia desde 2014. "Estamos trabalhando exclusivamente para reforçar nossa capacidade de defesa", afirmou.

Em novembro passado, Zelensky havia denunciado a preparação para um suposto golpe de Estado em 1º de dezembro, o que não aconteceu, e a Casa Branca disse na última terça (18) que a Rússia poderia atacar a Ucrânia "a qualquer momento".

O conflito em Donbass se desenrola desde 2014, quando Donetsk e Lugansk, regiões de maioria étnica russa, se autoproclamaram repúblicas independentes, na esteira da deposição do presidente Viktor Yanukovich e da anexação da Crimeia.

A Ucrânia acusa Moscou de apoiar os rebeldes militarmente, mas o Kremlin nega e ainda denuncia o expansionismo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que já engloba as ex-repúblicas soviéticas do Mar Báltico e hoje mira a adesão de Ucrânia e Geórgia.

Ansa - Brasil   
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