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Na China, Macron e Xi sinalizam apoio ao multilateralismo

Líderes fecharam acordos e defenderem tratado de Paris

7 nov 2019 - 12h32
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Durante a segunda visita do presidente da França, Emmanuel Macron, a seu homólogo chinês, Xi Jinping, os dois líderes sinalizaram apoio ao multilateralismo e assinaram contratos no valor de US$15,1 bilhões.

Na China, Macron e Xi sinalizam apoio ao multilateralismo
Na China, Macron e Xi sinalizam apoio ao multilateralismo
Foto: EPA / Ansa - Brasil

    Os dois líderes participaram de uma reunião nesta quarta-feira (6), onde firmaram acordos em vários setores, como aeronáutica, energia e agricultura. Além disso, aprovaram que 20 empresas francesas possam exportar carnes bovinas, suínas e aves para a China. Macron e Xi também assinaram um tratado para impedir que vinho e queijo falsificados sejam produzidos na China. Além disso, eles "enviaram um forte sinal ao mundo sobre a defesa constante do multilateralismo e do livre comércio, além de trabalharem juntos para construir economias abertas".

    Em visita à abertura da Feira de Importações da China, em Xangai, o mandatário francês disse que o governo chinês e a União Europeia (UE) devem "construir uma parceria estável nas grandes questões globais face a um mundo cada vez mais instável".

    "Desenvolver o acesso ao mercado e parcerias entre as nossas empresas é uma prioridade", acrescentou.

    A visita de Macron teve como objetivo aliviar tensões no momento em que a China e os Estados Unidos protagonizam uma guerra comercial e a UE pressiona Pequim a cumprir seus compromissos de aumento das importações. Acordo Climático - Macron e Xi reiteraram que o acordo climático de Paris é "irreversível", apesar da retirada dos Estados Unidos, que entrará em vigor dentro de um ano, e reafirmaram "seu forte apoio" ao tratado que consideram "uma bússola para uma ação forte no clima", informa a declaração em conjunto divulgada após o encontro em Pequim. Os presidentes destacaram também a "vontade de melhorar a cooperação internacional sobre a mudança climática para garantir a aplicação total e eficaz do Acordo de Paris".

    A dupla defende "respeito ao multilateralismo e pede um estímulo político à cooperação internacional" para que o tratado seja alcançado. Macron, por sua vez, não citou o governo norte-americano de Donald Trump, mas lamentou a saída de "outros países". "Quero pensar que são decisões que não representam o sentimento geral", disse. "Porque quando China, União Europeia e Rússia (que ratificou há algumas semanas o acordo) se comprometem com seriedade, a opção isolada de um país ou de outro não basta para mudar a direção do mundo. Contribui apenas para isolá-lo", ressaltou Macron.

    Por fim, ambos reconheceram que "a perda da biodiversidade e as mudanças climáticas [ameaçam] a paz e a estabilidade globais".

Ansa - Brasil   
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