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Mundial ajuda Putin a fazer progressos na arena diplomática

22 jun 2018 - 14h11
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O presidente Vladimir Putin organizou a primeira visita oficial de um presidente da Coreia do Sul à Rússia desde 1999 nesta sexta-feira, o mais recente de uma série de encontros que ele realizou com convidados estrangeiros durante a Copa do Mundo.

Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Sul, Moon Jae-in, durante encontro no Kremlin
22/06/2018 REUTERS/Sergei Karpukhin
Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Sul, Moon Jae-in, durante encontro no Kremlin 22/06/2018 REUTERS/Sergei Karpukhin
Foto: Reuters

Cada vez mais isolado na arena global, Putin está usando o torneio para enviar uma mensagem desafiadora aos seus oponentes --a de que a Rússia está progredindo apesar dos esforços ocidentais para contê-la.

A Copa do Mundo também lhe permitiu intensificar a diplomacia e debater temas que vão da Síria à Coreia do Norte em um espaço de tempo curto, projetando a impressão de que está no centro das grandes questões internacionais.

    O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres antes do Mundial que a competição diria respeito tanto ao futebol quanto à diplomacia russa.

    "Haverá muitos chefes de Estado e de governo vindo constantemente para diversas partidas", disse.

    "Não será só uma imensa celebração global do esporte, mas também um fluxo intenso de convidados do mais alto nível."

    O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que se reuniu com Putin no Kremlin e viajará para assistir sua seleção enfrentar o México em Rostov-on-Don no sábado, é um de ao menos sete visitantes de grande destaque que o líder russo recebeu desde que a Copa do Mundo começou na semana passada.

    Putin entreteve o príncipe da coroa saudita, Mohammed bin Salman, e riu e brincou com seu convidado quando a Rússia massacrou a Arábia Saudita por 5 x 0 na partida de abertura da competição, além de líderes do Panamá e do Senegal e do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

    Longe do Kremlin, a princesa japonesa Takamado viajou para a cidade de Saransk, uma das sedes do torneio, para ver a seleção de seu país jogar, a primeira visita de um membro da família real do Japão à Rússia desde 1916.

    Putin disse a Moon nesta sexta-feira que seu país pretende continuar fazendo sua parte na busca de uma solução para o confronto na península coreana.

    Alguns observadores do Kremlin apontam que os visitantes de Putin são em grande parte de nações que simpatizam com Moscou - a lista de convidados da cerimônia de abertura da Copa do Mundo estava repleta de líderes da Ásia Central.

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