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Coronavírus

Mortes na América Latina podem quadruplicar, diz OMS

A Organização Mundial da Saúde prevê que o número de mortes por covid-19 pode chegar a 438 mil até outubro se medidas não forem tomadas

30 jun 2020 - 17h21
(atualizado às 17h38)
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Cemitério Parque Tarumã, em Manaus
26/06/2020
REUTERS/Bruno Kelly
Cemitério Parque Tarumã, em Manaus 26/06/2020 REUTERS/Bruno Kelly
Foto: Reuters

O número de mortes em decorrência da Covid-19 na América Latina pode chegar a 438 mil até outubro se as medidas preventivas não forem cumpridas pelos países da região, alertou a diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, Carissa Etienne, nesta terça-feira.

No momento, as mortes pela doença respiratória provocada pelo novo coronavírus na região estão em 113.844, ou quase um quinto do número global de óbitos, de acordo com um mapeamento da Reuters.

As Américas são o epicentro mundial da pandemia de coronavírus atualmente, e a cifra da região como um todo pode quase triplicar e atingir 637 mil até o dia 1º de outubro, disse a autoridade da OMS, embora tenha ponderado que projeções de modelos matemáticos não devam ser entendidas literalmente, mas somente como diretrizes de planejamento.

Conforme as condições atuais, acredita-se que a pandemia atingirá um pico no Chile e na Colômbia em meados de julho, mas na Argentina, Brasil, Bolívia e Peru só em agosto, e a Costa Rica só achatará sua curva de infecções em outubro, disse.

Países, Estados e cidades que relaxam restrições cedo demais podem ser inundados por casos novos da Covid-19, disseram Etienne e outros diretores do braço regional da OMS, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em uma coletiva de imprensa virtual a partir de Washington.

"A complacência é nossa inimiga na luta contra a Covid-19", disse ela, acrescentando: "A batalha é dura, mas está longe de estar perdida."

O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos e de mortes pelo novo coronavírus, só ficando atrás dos Estados Unidos, e diretores da OMS disseram que pediram diversas vezes que o país aumente os exames e transmita uma mensagem coerente à população.

Por mais de uma vez o presidente Jair Bolsonaro já minimizou a pandemia, classificando a Covid-19 de uma "gripezinha" e desdenhando do número de mortos pela doença no país. Ele também entrou em rota de colisão com governadores que adotaram medidas de distanciamento social, como o fechamento do comércio, e acusou chefes de Executivos estaduais de exterminarem empregos.

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