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Ministros trabalham dia e noite para fortalecer acordo climático global

14 dez 2018 - 11h04
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Ministros estão trabalhando dia e noite para finalizar e fortalecer as regras que colocarão em prática um acordo histórico de combate à mudança climática, e ainda têm um dia de conversas pela frente.

Visão geral de reunião sobre clima em Katowic, Polônia 13/12/2018 REUTERS/Kacper Pempel
Visão geral de reunião sobre clima em Katowic, Polônia 13/12/2018 REUTERS/Kacper Pempel
Foto: Reuters

Representantes de quase 200 nações se reuniram para produzir um "manual de instruções" com detalhes sobre o Acordo de Paris de 2015, que almeja manter o aumento da temperatura global abaixo de 2 graus Celsius e que entra em vigor em 2020.

As negociações em Katowice, na Polônia, iniciadas em 2 de dezembro, estavam sendo ofuscadas por divisões políticas e registrando progresso lento até que alguns impasses foram superados e esboços de textos produzidos da noite para o dia.

Os esboços mostram que houve concessões em algumas áreas, como a linguagem que reconhece a importância de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que pede que se limite o aquecimento global a 1,5 grau Celsius e que causou atritos na semana passada, e sobre o aspecto financeiro.

"Estamos chegando à última etapa. Ainda há pessoas descontentes, mas basicamente parece estar indo bem. Acho que conseguiremos no final, mas nem todos estão satisfeitos ainda", disse a ministra do Meio Ambiente alemã, Svenja Schulze.

Essa será uma noite longa em Spodek, arena de shows e eventos esportivos que abriga a conferência, à medida que equipes continuam debatendo os textos em grupos.

"É um começo, mas está longe de ser assunto encerrado. Os textos com concessões são pagos com a perda de vidas humanas, e os pobres e vulneráveis estão pedindo muito mais", disse Jennifer Morgan, diretora-executiva da Greenpeace International.

Representantes disseram que ainda existem preocupações sobre as regras para a implementação do Artigo 6 do Acordo de Paris e sobre a possibilidade de serem alteradas para evitar a contagem dupla de emissões e o enfraquecimento da integridade dos mercados ambientais.

Uma grande questão para os países mais vulneráveis à mudança climática é um mecanismo para encontrar maneiras de cobrir os custos crescentes de "perdas e danos", que foi relegado a uma nota de rodapé no esboço.

Também se busca mais clareza sobre o que os países farão depois de deixarem a Polônia e como fortalecerão seus compromissos e metas em consonância com o acordo.

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