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Ministros do G20 pedem "mais diálogo e ações" sobre comércio

20 mar 2018 - 16h09
(atualizado às 17h22)
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Os líderes financeiros mundiais reafirmaram nesta terça-feira seu compromisso de combater o protecionismo mas pediram por "mais diálogo e ações" em relação ao comércio, poucos dias antes de entrarem em vigor as tarifas dos Estados Unidos sobre importações de aço e alumínio.

O ministro do Tesouro da Argentina, Nicolas Dujovne (R), fala ao lado do presidente do Banco Central da Argentina, Federico Sturzenegger, durante uma coletiva de imprensa na Reunião de Ministros das Finanças do G20 em Buenos Aires, Argentina
20/03/2018
REUTERS/Marcos Brindicci
O ministro do Tesouro da Argentina, Nicolas Dujovne (R), fala ao lado do presidente do Banco Central da Argentina, Federico Sturzenegger, durante uma coletiva de imprensa na Reunião de Ministros das Finanças do G20 em Buenos Aires, Argentina 20/03/2018 REUTERS/Marcos Brindicci
Foto: Reuters

Os ministros de Finanças e membros de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo, o G20, divulgaram a mudança em seu comunicado, à medida que o encontro de se aproximava de dois dias em Buenos Aires se aproximava do final em meio a preocupações com uma potencial guerra comercial.

O comunicado adicionou uma frase que não estava em seu rascunho inicial, que enfatiza a necessidade de novas negociações sobre questões comerciais.

"O comércio e investimento internacionais são motores importantes de crescimento, produtividade, inovação, criação de emprego e desenvolvimento", afirmou o G20.

"Reafirmamos as conclusões de nossos líderes sobre o comércio na Cúpula de Hamburgo e reconhecemos a necessidade de um maior diálogo e ações. Estamos trabalhando para fortalecer a contribuição do comércio para nossas economias."

O comunicado da Cúpula de Hamburgo, assinado por Trump em julho de 2017, diz que os países do G20 "continuarão a combater o protecionismo, incluindo todas as práticas comerciais injustas".

Mas também diz na mesma frase que eles "reconhecem o papel dos instrumentos de defesa comercial legítimos", uma ambiguidade que fornece aos EUA uma maneira de defender sua motivação para as tarifas. As tarifas de aço e alumínio se baseiam em uma lei comercial de segurança nacional da era da Guerra Fria.

A nova abordagem sobre a necessidade de diálogo comercial ocorre no momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, está preparando planos para punir a China com tarifas sobre suas práticas de propriedade intelectual.

Duas autoridades com conhecimento sobre o assunto disseram que Trump deve impor tarifas de até 60 bilhões de dólares em tecnologia e produtos de telecomunicações chineses até sexta-feira, no mesmo dia em que uma tarifa de 25 por cento sobre aço importado e 10 por cento sobre alumínio será aplicada.

No comunicado final, os ministros do G20 reiteraram suas promessas tradicionais de se absterem de desvalorizações competitivas e evitar orientar suas taxas de câmbio para obter vantagens de exportação.

Mas eles também adicionaram um novo posicionamento sobre as taxas de câmbio, enfatizando a estabilidade e a flexibilidade.

"Fundamentos fortes, políticas sólidas e um sistema monetário internacional resiliente são essenciais para a estabilidade das taxas de câmbio, contribuindo para crescimento e investimento fortes e sustentáveis. Taxas de câmbio flexíveis, quando possível, podem servir como um amortecedor de choques", disse o comunicado.

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