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Ministro das Finanças britânico renunciará se Johnson virar primeiro-ministro

21 jul 2019 - 12h42
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O ministro das Finanças britânico, Philip Hammond, disse neste domingo que renunciaria ao cargo se Boris Johnson se tornasse primeiro-ministro porque se sentiria incapaz de apoiar um líder que se dispõe a tirar o país da União Europeia sem um acordo. 

A decisão de Hammond sublinha a força do sentimento do Parlamento contra um Brexit sem acordo, que alguns parlamentares e muitos empresários afirmam que seria catastrófico para a economia. 

Um conservador leal, que serviu em vários cargos ministeriais, Hammond é um rebelde improvável. Ele afirmou que seu medo de um não-acordo o forçou a votar contra o governo na semana passada pela primeira vez em sua carreira política de 22 anos.

O favorito a se tornar primeiro-ministro britânico é o ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, que prometeu "tudo ou nada" para deixar a UE no prazo de 31 de outubro. Isso o deixa com um complicado desafio a partir do momento em que assumir o poder, na quarta-feira. 

Johnson afirmou que aceleraria os preparativos para um não-acordo para tentar forçar os negociadores da UE a fazer mudanças no acordo que a primeira-ministra Theresa May firmou com Bruxelas e que os políticos britânicos recusaram três vezes. 

Mas a oposição no Parlamento a um não-acordo está crescendo, e a UE recusa-se a recuar no acordo de saída. 

"Tenho certeza de que não vou ser demitido porque vou renunciar antes de chegarmos a esse ponto", disse Hammond à BBC, no programa Andrew Marr Show, acrescentando que comunicaria isso a May antes de ela própria apresentar sua renúncia à rainha na quarta-feira.

"Assumindo que Boris Johnson se torne primeiro-ministro, eu entendo que suas condições para servir em seu governo incluiriam a aceitação de uma saída sem acordo (da UE) em 31 de outubro. Isso não é algo com o que eu poderia me comprometer."

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