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Ministro de Israel renuncia após cessar-fogo em Gaza

Saída de Avigdor Lieberman enfraquece coalizão do governo conservador do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu

14 nov 2018 - 11h58
(atualizado às 12h13)
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O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, anunciou sua renúncia nesta quarta-feira (14) em protesto a um cessar-fogo em Gaza que descreveu como uma "capitulação ao terror", enfraquecendo a coalizão do governo conservador do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, em Jerusalém 14/11/2018 REUTERS/Ammar Awad
Ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, em Jerusalém 14/11/2018 REUTERS/Ammar Awad
Foto: Reuters

"Se continuasse no cargo não conseguiria olhar os moradores do sul nos olhos", disse Lieberman, referindo-se aos israelenses submetidos a uma escalada de ataques palestinos antes da trégua de terça-feira entrar em vigor.

Lieberman disse que sua renúncia - que será feita 48 horas depois que entregar uma carta formal a Netanyahu - também implica no desligamento de seu partido de extrema-direita, Israel Beitenu, da coalizão governista.

Isso deixará Netanyahu com somente 61 dos 120 assentos do Parlamento um ano antes da próxima eleição.

Comentaristas políticos israelenses já haviam especulado que Netanyahu, que apesar de seus índices de aprovação vem sendo assolado por diversas investigações de corrupção, poderia antecipar a votação.

Entretanto, um porta-voz de seu partido de direita, Likud, minimizou essa possibilidade, dizendo que Netanyahu assumirá a pasta da Defesa. 

"Não existe necessidade de fazer uma eleição durante o que é um período delicado para a segurança nacional. Este governo pode durar até o fim", disse o porta-voz Jonatan Urich no Twitter.

Lieberman tem defendido ações militares israelenses duras contra o Hamas, movimento islâmico dominante em Gaza, apesar do governo ter autorizado uma infusão de dinheiro do Catar no enclave na semana passada e se limitado a ataques aéreos, ao invés de campanhas mais abrangentes, durante os combates desta semana.

A base de eleitores de Lieberman, nascido na antiga União Soviética, é composta por imigrantes falantes de russo, simpatizantes da direita e secularistas que compartilham sua hostilidade à minoria árabe de Israel e à autoridade religiosa exercida por partidos judeus ultraortodoxos.

O ex-ministro das Relações Exteriores assumiu a pasta da Defesa em maio de 2016.

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