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Militares golpistas indiciam Suu Kyi por corrupção em Myanmar

É a 7ª acusação contra a líder civil, presa no dia do golpe

10 jun 2021 - 10h50
(atualizado às 10h56)
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A líder "de facto" de Myanmar, Aung San Suu Kyi, foi indiciada pelo crime de corrupção nesta quinta-feira (10), informou a junta militar que governa o país desde o golpe de Estado de fevereiro.

Suu Kyi está presa desde 1º de fevereiro, dia do golpe de Estado em Myanmar
Suu Kyi está presa desde 1º de fevereiro, dia do golpe de Estado em Myanmar
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Os militares golpistas, segundo informou o jornal estatal "Global New Light of Myanmar", afirmam que a líder civil "usou seu cargo" para benefício próprio e aceitou "US$ 600 mil em dinheiro e 11 quilos de ouro". O site afirma que a Comissão Anticorrupção encontrou violações da lei nacional sobre o tema.

O indiciamento é resultado de uma investigação iniciada em 11 de março contra Suu Kyi, que está em prisão domiciliar desde o dia 1º de fevereiro ao lado do presidente do país, Win Myint. Caso seja condenada, ela pode pegar até 15 anos de detenção.

Essa é a sétima acusação formal feita pelos golpistas contra Suu Kyi, que já responde por "crimes" de violação da lei de importação, de desastres ambientais e por incitação aos protestos pró-democracia - que tem mais de 600 mortes entre civis.

Suu Kyi e Mynt foram depostos pelos militares no dia que os parlamentares eleitos em dezembro tomariam posse no Parlamento. Naquele dia, a alegação era de que havia "fraudes" nas eleições.

No entanto, quatro meses depois do golpe, não há nenhuma acusação nesse sentido contra os dois líderes.

Myanmar vivia apenas a sua segunda eleição livre desde 2015 e, em ambos os pleitos, o partido de Suu Kyi, o Liga Nacional para a Democracia (NLD), foi o vitorioso por ampla maioria. .

Ansa - Brasil   
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