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Militantes palestinos aprovam trégua após confrontos com Israel

27 out 2018 - 13h03
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Militantes palestinos disseram neste sábado que suspenderão ataques contra Israel a partir da Faixa de Gaza, após terem feito a maior ofensiva com foguetes pela fronteira desde agosto.

    A Jihad Islâmica Palestina, um dos grupos armados que operam em Gaza, afirmou que disparou foguetes em retaliação à morte de quatro manifestantes palestinos, por forças israelenses, na sexta-feira. Em resposta, Israel atacou dezenas de alvos na Faixa de Gaza neste sábado.

    "Depois de contatos entre a liderança da Jihad Islâmica e os irmãos no Egito, concordamos em um cessar-fogo que começa imediatamente", disse o porta-voz do grupo, Daoud Shehab. "A Jihad Islâmica vai respeitar o cessar-fogo se a ocupação (Israel) fizer o mesmo."

    Autoridades de segurança egípcias estão conversando separadamente com israelenses e palestinos para tentar restaurar a calma ao longo da fronteira.

    Uma porta-voz militar israelense se negou a comentar os comentários de Shehab e não houve respostas oficiais de Israel. O país raramente reconhece que alcançou uma trégua com grupos militantes de Gaza, classificados pelos israelenses como organizações terroristas.

    Mais cedo, o porta-voz militar de Israel, tenente-coronel Jonathan Conricus, acusou a Síria e o Irã de envolvimento nos ataques com foguetes.

    "Ordens e incentivos foram dados de Damasco, com um claro envolvimento das forças Al-Quds, a Guarda Revolucionária Iraniana", disse Conricus. "Nossa resposta não está limitada geograficamente."

    Militares israelenses afirmaram que o Hamas é responsável pelos eventos em Gaza. Disse também que sua força aérea atingiu mais de 80 alvos, incluindo um usado pelo Hamas como quartel-general, em resposta a mais de 30 foguetes lançados em direção a Israel. O grupo palestino não comentou.

    As tensões aumentaram depois que quatro palestinos foram mortos na sexta-feira, durante protestos semanais. Israel afirmou que suas forças foram atacadas com dispositivos explosivos e que alguns manifestantes passaram pela fronteira.

    Os palestinos estão protestando na fronteira desde 30 de março, exigindo o fim do bloqueio israelense e o direito de retorno para as terras das quais eles fugiram ou foram expulsos quando o Estado de Israel foi fundado, em 1948.

    Segundo o Ministério da Saúde palestino, 213 moradores da Faixa de Gaza foram mortos por forças israelenses durante as manifestações. Um soldado israelense foi morto por um atirador palestino.

    Cerca de dois milhões de palestinos vivem na Faixa de Gaza, que passa por uma séria crise econômica. Israel diz que mantém um bloqueio naval e um forte controle das fronteiras terrestres por questão de segurança. As negociações de paz entre ambos foram interrompidas em 2014.

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