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Merkel pede concessões em reforma da zona do euro

19 abr 2018 - 11h42
(atualizado às 13h47)
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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu concessões na reforma da zona do euro durante uma reunião nesta quinta-feira com o presidente da França, Emmanuel Macron, que exortou a solidariedade dos membros da união monetária.

Antes de iniciarem as conversas os dois líderes disseram que mostrarão uma frente unida em uma reunião de junho de líderes da União Europeia sobre a reforma da zona do euro de 19 membros, que disse Merkel ambos concordaram "ainda não ser suficientemente à prova de crises".

Seu encontro ocorreu tendo como pano de fundo queixas de parlamentares do bloco conservador de Merkel, que receiam que o pedido de mais solidariedade de Macron na área da moeda única implique no uso de dinheiro dos contribuintes alemães para financiar países-membros esbanjadores.

"Nenhuma união monetária pode existir sem elementos de convergência", disse o líder francês em uma coletiva de imprensa com a chanceler na capital alemã antes das conversas.

"O mais importante é não reagir com este ou aquele instrumento nesta etapa, mas arranjar uma maneira de compartilharmos as mesmas metas e termos um objetivo político conjunto", acrescentou.

A visão de Macron inclui transformar o atual fundo de resgate financeiro da Europa em um Fundo Monetário Europeu que funcione como um anteparo em qualquer crise financeira futura no bloco, que quase entrou em colapso na crise financeira de 2009.

Ele também sugeriu que a zona do euro tenha seu próprio ministro das Finanças e, em certo momento, aventou a hipótese de um orçamento para o bloco monetário de centenas de bilhões de euros.

O Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), parceiro minoritário da coalizão de Merkel, simpatiza com o clamor de solidariedade de Macron. A sigla quer que ele seja recompensado por seus esforços para reformar a economia francesa, ciente de que uma grande parcela do eleitorado francês continua suscetível a populistas de extrema-direita e extrema-esquerda céticos com a UE.

Mas o bloco conservador de Merkel como um todo insiste no que chama de princípio da "imputabilidade", segundo o qual países-membros individuais se responsabilizam por seus próprios riscos econômicos.

Enfatizando a necessidade de concessões, Merkel disse que solidariedade e imputabilidade devem andar juntas: "Precisamos de debates, debates abertos, e no final também precisamos da capacidade de fazer concessões."

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