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Mercosul muda regra de adesão para evitar um novo risco Venezuela

5 dez 2019 - 18h51
(atualizado às 18h55)
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A Cúpula do Mercosul aprovou nesta quinta-feira uma atualização de uma das regras de adesão para diminuir os riscos de um novo caso Venezuela, em que o país entra para o bloco e passa a usufruir de direitos mesmo sem ter cumprido todas as etapas obrigatórias.

Presidentes Mauricio Macri (Argentina), Jair Bolsonaro e Mario Abdo Benítez (Paraguai) e a chanceler interina da Bolívia, Karen Longaric, participam de reunião do Mercosul em Bento Gonçalves (RS)
05/12/2019
REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidentes Mauricio Macri (Argentina), Jair Bolsonaro e Mario Abdo Benítez (Paraguai) e a chanceler interina da Bolívia, Karen Longaric, participam de reunião do Mercosul em Bento Gonçalves (RS) 05/12/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

De acordo com o conselheiro Daniel Leitão, um dos negociadores brasileiros no Mercosul, a partir dessa revisão, o país candidato só passará a participar de algum dos órgãos do bloco à medida que for cumprindo as regras daquela área.

"A idéia é evitar que a experiência da Venezuela se repita, de um sócio entrar, não aderir aos compromissos e ainda assim participar plenamente das decisões. A partir de agora, se o país assumiu regras de comércio, por exemplo, participa do grupo comércio. Mas não antes disso", explicou.

A Venezuela teve sua adesão efetivada em 2012 e chegou a sediar uma cúpula e exercer a presidência em 2014, mas nunca cumpriu as normas do bloco. Isso acabou servindo de justificativa para sua expulsão em 2016.

Nesse momento, apenas a Bolívia está em processo de adesão e não existe outros interessados. A entrada do país já foi aprovada pelos Parlamentos do Uruguai, Paraguai e Argentina, mas ainda falta a aprovação do Brasil e do próprio Parlamento da Bolívia.

Segundo Leitão, as novas regras já servirão para o processo de adesão boliviano.

Nesta cúpula, a chanceler do governo interino da Bolívia, Karen Longaric, confirmou o interesse de seu país em terminar o processo rapidamente. No entanto, caberá ao próximo governo eleito da Bolívia, se confirmadas das eleições prometidas pelo governo interino, tocar o processo.

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