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Mercosul e UE tentarão mais uma vez acordo em reunião na próxima semana

6 dez 2018 - 14h16
(atualizado às 15h04)
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Em uma nova rodada técnica de negociações, Mercosul e União Europeia reúnem-se na próxima semana, em Montevidéu, para tentar destravar as negociações que, desde dezembro de 2017, praticamente não andaram, mas as possibilidades de sucesso são, até agora, pequenas, de acordo com uma fonte ouvida pela Reuters.

Chanceleres do Mercosul em reunião em Brasília 20/12/2017 REUTERS/Adriano Machado
Chanceleres do Mercosul em reunião em Brasília 20/12/2017 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Chegou-se em um ponto que o que se exige de nós tem um custo político alto demais para os países, está muito complicado", disse a fonte, que acompanha de perto as negociações.

Ao mesmo tempo, do outro lado a UE não tem chegado a oferecer o que o Mercosul espera em acesso a mercados, especialmente produtos agropecuários, que os países sul-americanos são competitivos.

Depois de uma reunião de chanceleres em Brasília para tentar acertar os ponteiros, o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Nóvoa, afirmou que existe uma assimetria entre o acesso a mercados que a Europa oferece e o que o Mercosul quer. Além dos já tradicionais problemas com os subsídios europeus a produtos agrícolas.

"Teremos uma nova rodada de negociações semana que vem em Montevidéu e, se não fecharmos, temos uma nova janela nos primeiros meses de 2019", disse Nóvoa a jornalistas após reunião no Itamaraty.

O Parlamento Europeu tem uma nova eleição em maio do ano que vem, o que pode mudar a configuração política do bloco e fazer a negociação retroceder do ponto atual, o que aumenta a importância de se avançar nas negociações, afirmou o chanceler.

"Há acontecimentos políticos, entre outros a troca do Parlamento na UE, e com isso, com toda certeza, a troca de alguns comissários, que será em abril ou em maio, que nos indica que deveríamos tratar de ter uma data limite nos primeiros meses do próximo ano", disse Novoa.

A tentativa de acordo está praticamente parada desde dezembro de 2017, quando chegou no ponto mais perto de um pacto nos últimos anos.

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