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Mundo

Medvedev pede para cidadãos da UE punirem governos

Declaração chega a pouco mais de um mês de eleições na Itália

18 ago 2022 - 08h23
(atualizado às 08h45)
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O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, exortou os cidadãos da União Europeia a "punir" seus governos nas urnas.

Dmitri Medvedev é um dos principais expoentes do regime de Vladimir Putin
Dmitri Medvedev é um dos principais expoentes do regime de Vladimir Putin
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A declaração chega a pouco mais de um mês das eleições parlamentares na Itália, cujo premiê, Mario Draghi, apoiado por uma ampla coalizão de partidos, tem sido uma das vozes mais duras na UE contra o regime de Vladimir Putin.

"Gostaríamos de ver os cidadãos europeus não apenas expressando a insatisfação pelas ações dos seus governos, mas também dizendo algo mais coerente. Por exemplo, que os façam prestar contas, punindo-os por sua evidente estupidez", escreveu Medvedev no Telegram nesta quinta-feira (18).

Presidente da Rússia entre 2008 e 2012 e primeiro-ministro entre 2012 e 2020, Medvedev é um dos principais expoentes do regime Putin e tem sido usado pelo Kremlin para desferir os ataques mais duros e diretos aos países da UE.

Em julho, logo após a renúncia de Draghi, Medvedev ironizou no Telegram a crise política italiana. "Quem será o próximo? Os melhores amigos da Ucrânia estão indo embora", escreveu na ocasião.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, reagiu às declarações de Medvedev nesta quinta e disse ser "verdadeiramente preocupante a ingerência do governo russo" nas eleições de setembro.

"Um expoente russo intervém mais uma vez em questões de política interna, agora dando também uma indicação de voto. As forças políticas italianas precisam tomar distância de maneira clara, sem qualquer timidez, da propaganda russa", afirmou.

As pesquisas para setembro são lideradas pelo partido de ultradireita e eurocético Irmãos da Itália (FdI), da deputada Giorgia Meloni, que, no entanto, garantiu que vai manter a política externa de Draghi caso chegue ao poder.

Ansa - Brasil   
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