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Médicos de Tóquio pedem cancelamento da Olimpíada devido à pandemia

18 mai 2021 - 10h53
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Uma organização médica de destaque de Tóquio expressou apoio aos apelos pelo cancelamento da Olimpíada da capital japonesa, dizendo que os hospitais já estão sobrecarregados agora que o Japão enfrenta um pico de infecções de coronavírus a menos de três meses do início dos Jogos.

Homem usando máscara caminha em frente a uma propaganda dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que foram adiados para 2021 devido ao coronavírus (Covid-19), em Tóquio, no Japão
14/05/2021 REUTERS/Naoki Ogura
Homem usando máscara caminha em frente a uma propaganda dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que foram adiados para 2021 devido ao coronavírus (Covid-19), em Tóquio, no Japão 14/05/2021 REUTERS/Naoki Ogura
Foto: Reuters

A Associação de Profissionais Médicos de Tóquio, que representa cerca de seis mil médicos de atendimento primário, disse que os hospitais da cidade-sede do evento "estão cheios de trabalho e quase não têm capacidade restante" em meio à disparada de infecções.

"Pedimos enfaticamente que as autoridades convençam o COI (Comitê Olímpico Internacional) que realizar os Jogos é difícil e obtenham sua decisão de cancelar os Jogos", disse a associação em uma carta aberta de 14 de maio ao primeiro-ministro, Yoshihide Suga, que foi publicada em seu site na segunda-feira.

Um salto de infecções provoca alarme em meio à escassez de pessoal médico e leitos hospitalares em algumas áreas da capital japonesa, levando o governo a prorrogar um terceiro estado de emergência em Tóquio e vários outros municípios até 31 de maio.

Os médicos enfrentarão em breve a dificuldade adicional de lidar com pacientes com insolação durante os meses de verão, e se a Olimpíada contribuir para um aumento de mortes, "o Japão terá a responsabilidade máxima", acrescentou a entidade.

O país tem evitado a disseminação explosiva do vírus vista em outras nações, mas o governo é criticado pela campanha de vacinação lenta - só 3,5% de seus cerca de 126 milhões de habitantes foram inoculados, segundo um monitor da Reuters.

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF

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