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May ganha fôlego em disputa do Brexit com possível apoio de parlamentar rebelde

18 mar 2019 - 11h55
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Um dos parlamentares pró-Brexit mais influentes do partido da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, emitiu nesta segunda-feira o sinal mais forte de que os rebeldes podem apoiar seu acordo para a desfiliação britânica da União Europeia, dizendo que um pacto de saída ruim é melhor do que permanecer no bloco.

A premiê britânica, Theresa May, deixa sua residência em Downing Street, Londres
14/03/2019
REUTERS/Peter Nicholls
A premiê britânica, Theresa May, deixa sua residência em Downing Street, Londres 14/03/2019 REUTERS/Peter Nicholls
Foto: Reuters

May alertou os parlamentares que, a menos que eles aprovem seu pacto depois de duas derrotas arrasadoras, a saída britânica da UE pode enfrentar um longo atraso - o que muitos defensores do Brexit temem que signifique que o Reino Unido nunca deixe o bloco.

Após dois anos e meio de negociações tortuosas com a UE, o desfecho continua incerto - as opções incluem um longo atraso, sair com o acordo da premiê, uma saída caótica sem um acordo ou até outro referendo sobre a filiação ao bloco.

May está lutando para angariar apoio antes de uma cúpula de chefes de governo da UE na quinta e sexta-feiras, na qual avisou que pedirá um longo adiamento para o Brexit a menos que o Parlamento ratifique o acordo que fechou em novembro.

Jacob Rees-Mogg, presidente do Grupo Europeu de Pesquisas de eurocéticos da Câmara dos Comuns, disse que ainda não decidiu como votará o plano da premiê, mas que qualquer Brexit é melhor do que permanecer na UE.

Se Rees-Mogg de fato se alinhar a May, dezenas de rebeldes poderiam segui-lo, mas não está claro se isso bastaria para salvar seu pacto.

"Nenhum acordo é melhor do que um acordo ruim, mas um acordo ruim é melhor do que permanecer na União Europeia na hierarquia de acordos", disse Rees-Mogg à rádio LBC. "Uma prorrogação de dois anos é basicamente permanecer na União Europeia".

Rees-Mogg disse que sua opção ideal seria uma saída sem acordo em 29 de março, mas que sentiu que May - ex-defensora da filiação à UE que assumiu como premiê em meio ao tumulto que se seguiu ao referendo do Brexit em 2016 - tentará impedi-la.

"A pergunta que pessoas como eu terão que responder é: podemos chegar a uma saída sem acordo? Se pudermos sair sem acordo, essa é uma opção melhor... mas receio que a primeira-ministra está determinada a impedir uma saída sem acordo".

A proposta de May, uma tentativa de manter laços comerciais e de segurança estreitos com a UE rompendo com as estruturas políticas formais do bloco, foi derrotada por 230 votos em 15 de janeiro e por 149 votos em 12 de março.

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