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Massacre de italianos na antiga Iugoslávia completa 73 anos

Tragédia das "Foibe" teve entre 5 mil e 17 mil vítimas

10 fev 2020 - 11h13
(atualizado às 11h19)
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A Itália recorda nesta segunda-feira (10) o aniversário de 73 anos do Massacre das Foibe, um dos episódios mais trágicos relacionados à participação do país na Segunda Guerra Mundial.

Memorial na Foiba de Basovizza, em Trieste
Memorial na Foiba de Basovizza, em Trieste
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Após o encerramento do conflito, em 1945, milhares de pessoas que se opunham à anexação da região de Veneza Giulia pela então Iugoslávia foram assassinadas pelo Exército do marechal Josip Broz Tito.

As vítimas eram jogadas com ou sem vida em buracos formados pela ação da água no solo, chamados na Itália de "foibe". Estimativas apontam que de 5 mil a 17 mil italianos morreram na perseguição iugoslava, sendo que a maioria residia na cidade de Trieste e nas regiões croatas de Ístria e Dalmácia.

"Ainda existem pequenos bolsões de desprezível negacionismo militante", disse o presidente Sergio Mattarella, em sua mensagem escrita para a ocasião. "Hoje os adversários a serem batidos, os mais fortes e traiçoeiros, são a indiferença, o desinteresse, que frequentemente se nutrem da falta de conhecimento sobre a história", acrescentou.

O massacre foi negado durante muito tempo por parte da esquerda, e o Dia da Lembrança foi instituído apenas em 2004. Ele é celebrado em 10 de fevereiro porque foi nessa data, 73 anos atrás, que os Tratados de Paris determinaram que a Itália entregasse a Ístria, o Quarnaro (braço de mar no Adriático) e a maior parte de Veneza Giulia para a Iugoslávia.

Ansa - Brasil   
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