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Hong Kong: manifestantes protestam contra lei de extradição

Atos são marcados por confrontos contra a polícia local

12 jun 2019 - 08h42
(atualizado às 09h16)
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Milhares de pessoas tomaram as ruas de Hong Kong nesta quarta-feira (12) para protestar contra um projeto de lei que prevê a extradição de suspeitos de crimes para a China continental. O polêmico projeto de lei seria debatido hoje no Parlamento, mas foi adiado para "uma data posterior", informou a presidência do Legislativo.

A expectativa é de que a votação ocorra no próximo dia 20 de junho. O grupo, em sua maioria jovens, se reuniu inicialmente em um parque próximo à sede do governo, onde foram registrados confrontos com a polícia após manifestantes invadirem o prédio.

Manifestantes tentam se proteger do gás lacrimogênio em Hong Kong
Manifestantes tentam se proteger do gás lacrimogênio em Hong Kong
Foto: Tyrone Siu / Reuters

As autoridades dispararam balas de borracha e gás lacrimogêneo contra a multidão, que bloqueou as duas principais avenidas do centro. Centenas de empresas se mobilizaram nas redes sociais, com a hashtag que pode ser traduzida como "#greve1206".

Além disso, em uma atitude incomum, diversos estabelecimentos comerciais de Hong Kong fecharam as portas para seus funcionários protestarem. Os atos estão sendo realizados desde o último final de semana e foram em grande parte pacíficos. No entanto, nesta quarta, as manifestações se intensificaram. O comissário de polícia Stephen Lo Wai-chung descreveu os confrontos como "tumultos", puníveis com 10 anos de prisão, de acordo com o jornal "South China Morning Post".

O texto começou a ser debatido em fevereiro e, desde então, tem sido alvo de críticas. Associações de direitos humanos defendem que a lei servirá para perseguir dissidentes políticos em Hong Kong e violar sua independência judiciária, expondo cidadãos do território ao sistema jurídico da China.

Os apoiadores do projeto, no entanto, dizem que haverá garantias para impedir que pessoas expostas a perseguições religiosas ou políticas sejam extraditadas. A lei também valerá para Macau e Taiwan.

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