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Malta diz que mantém recompensa de 1 milhão de euros por assassino de jornalista

16 out 2018 - 12h12
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Uma recompensa de 1 milhão de euros por informações sobre quem ordenou o assassinato da jornalista mais proeminente de Malta ainda está disponível um ano após sua morte.

Representantes de entidades jornalísticas falam com repórteres após se reunirem com o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, sobre o assassinato da jornalista Daphne Caruana Galizia
15/10/2018
REUTERS/Darrin Zammit Lupi
Representantes de entidades jornalísticas falam com repórteres após se reunirem com o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, sobre o assassinato da jornalista Daphne Caruana Galizia 15/10/2018 REUTERS/Darrin Zammit Lupi
Foto: Reuters

Daphne Caruana Galizia, de 53 anos, que escrevia um blog anticorrupção, foi morta em 16 de outubro de 2017 por um carro-bomba. Três pessoas presas em dezembro foram acusadas do crime, que negaram.

A polícia acredita que uma pessoa ainda não identificada ordenou o ataque, que o ministro da Justiça, Owen Bonnici, qualificou como "o maior crime que já aconteceu em Malta".

O primeiro-ministro, Joseph Muscat, um alvo frequente dos textos de Daphne, ofereceu a recompensa no ano passado.

O dinheiro será pago por qualquer coisa "que possa desvendar os fatos por trás do assassinato. Então reitero a oferta, ainda está lá", disse Bonnici à Reuters em uma entrevista.

O ministro defendeu a limpeza diária de um memorial nacional diante dos tribunais de Valletta que se tornou um santuário em homenagem à jornalista e um foco de protestos contra a suposta corrupção.

"Temos o Estado de Direito em Malta. Temos procedimentos. Você não pode simplesmente acordar de manhã e se apropriar de um monumento nacional", disse ele, acrescentando que pediu aos ativistas que solicitem a instalação de um memorial permanente.

Bonnici disse que o governo se empenhou em melhorar a liberdade dos jornalistas desde o assassinato, inclusive abolindo a criminalização da calúnia.

Mas ele não quis criticar o fato de que a família de Daphne continua a enfrentar ações civis de difamação por causa do que a jornalista escreveu, dizendo que aqueles que foram difamados sentiram ter direito de buscar uma reparação.

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