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Malaio vende moldes de vacina contra a Covid-19 de papel para homenagear vítimas

26 ago 2021 - 15h57
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Enquanto as pessoas corriam para se vacinar contra a Covid-19, o dono de uma loja na Malásia descobriu que seus moldes de vacina em papel se tornaram itens de oração populares durante um festival religioso em homenagem às vítimas.

Raymond Shieh elabora seringas de papel em loja em Johor Bahru, Malásia
24/8/2021 REUTERS/Lim Huey Teng
Raymond Shieh elabora seringas de papel em loja em Johor Bahru, Malásia 24/8/2021 REUTERS/Lim Huey Teng
Foto: Reuters

O Ghost Festival, celebrado por budistas e taoístas em todo o sudeste da Ásia, baseia-se na crença de que os espíritos dos mortos retornam à Terra durante o sétimo mês do calendário lunar chinês. Durante esse tempo, as pessoas deixam comida para os mortos e queimam incenso e oferendas de papel que se assemelham a coisas que o falecido poderia desejar.

Este ano, uma caixa com uma seringa e dois frascos de vacina feitos de papel estão entre os itens mais vendidos para o feriado na loja religiosa de Raymond Shieh Siow Leong, na cidade de Johor Bahru, no sul da Malásia.

"A situação da pandemia em nosso país é bastante grave e muitas pessoas morreram antes de receber a vacina. Espero que este produto possa ajudar o falecido a realizar seu último desejo", disse Shieh.

O comerciante disse que começou a fabricar os kits de vacina em papel no início de agosto, produzindo de 30 a 50 kits por dia. Cada conjunto custa 5,45 dólares e Shieh disse que vendeu mais de 200 até agora.

"Fizemos essa vacina de papel para 'tomar o pulso' do mercado, mas não esperávamos que a reação fosse tão boa. Os pedidos continuam chegando e temos que trabalhar horas extras até tarde da noite para fabricar esse produto", disse ele.

A Malásia tem uma das taxas mais altas de infecções e mortes por coronavírus no Sudeste Asiático, totalizando quase 1,6 milhão de casos e 14.818 mortes. Cerca de 57% da população recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19.

Embora seja um país de maioria muçulmana, cerca de 20% dos 32 milhões de habitantes da Malásia praticam o budismo, a segunda religião mais difundida.

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