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Maduro presta juramento e toma posse para 2º mandato

Em discurso, presidente criticou oposição e defendeu socialismo

10 jan 2019 - 16h02
(atualizado às 21h08)
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prestou juramento hoje (10) para iniciar seu segundo mandato (2019-2025) na liderança do país, em meio a uma rejeição internacional. "Juro em nome do povo da Venezuela, juro pelo legado de nossos antepassados. Juro pelo legado de nosso amado comandante Hugo Chávez, juro pelos filhos da Venezuela, juro que não vou dar descanso ao meu braço ou descansar minha alma", declarou Maduro.

OEA declara governo de Maduro na Venezuela ilegítimo
OEA declara governo de Maduro na Venezuela ilegítimo
Foto: EPA / Ansa - Brasil

    A cerimônia foi realizada no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), em Caracas, e não foi assistida por representantes da União Europeia (UE). Apenas quatro chefes de Estados latino-americanos compareceram à posse: Evo Morales (Bolívia), Miguel Diáz-Canel (Cuba), Daniel Ortega (Nicarágua) e Salvador Sánchez Cerén (El Salvador). Além disso, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também esteve presente. Durante seu juramento, o presidente venezuelano prometeu "cumprir todos os postulados da Constituição para tentar defender a independência absoluta da pátria, levar a prosperidade econômica ao povo e construir o socialismo do século XXI".

    A posse de Maduro tem sido qualificada como uma "usurpação do poder" por parte do Parlamento, única instituição dominada pela oposição. Logo depois da solenidade, o herdeiro político de Hugo Chávez (1999-2013) criticou seus opositores durante o discurso e afirmou que a Venezuela está no "centro de uma guerra mundial".

    Para Maduro, o conflito tem sido travado por "governos satélites dos Estados Unidos". "Não há um só país onde não haja uma campanha persistente, diária, permanente, de 20 anos de manipulação contra o comandante Chávez e este humilde trabalhador", ressaltou.

    Maduro ainda atacou presidentes contrários ao seu governo, como Jair Bolsonaro, do Brasil, e Iván Duque, da Colômbia. "Veja o caso do Brasil, o surgimento de um fascista como Jair Bolsonaro", atacou.

    Cada vez mais isolado, o governo Maduro não é reconhecido por 13 dos 14 membros do Grupo de Lima (a exceção é o México), além dos Estados Unidos e da UE. O venezuelano foi reeleito em maio de 2018 com 67,8% dos votos, em pleito boicotado pela oposição. Paraguai - Hoje, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Venezuela. A decisão foi anunciada em comunicado oficial pelo ministério das Relações Exteriores paraguaio após a posse de Maduro. "O governo da República do Paraguai, no exercício de seus poderes constitucionais e de soberania nacional, adota hoje a decisão de romper relações diplomáticas com a República Bolivariana da Venezuela", diz o texto. Além disso, Benítez ainda ordenou o fechamento da representação diplomática paraguaia no país. Segundo o mandatário, a medida foi tomada pelo não reconhecimento do novo mandato de Maduro. Maradona apoia Maduro - O ex-jogador argentino Diego Armando Maradona publicou nesta quinta-feira (10) uma foto com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em sua conta no Instagram, e expressou seu apoio ao mandatário do país sul-americano. "Apesar dos traidores e imperialismo que quer governar a Venezuela, o povo continua a eleger Nicolás Maduro como seu presidente", escreveu Maradona, acrescentando que "Hugo Chávez nos mostrou o caminho e esse caminho é Maduro, que só quer o melhor para seu país".

Ansa - Brasil   
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