Macron visita seleção francesa e brinca dizendo que jamais seria técnico
O presidente da França, Emmanuel Macron, transpira autoconfiança, derrotou seus adversários e desdenha das críticas públicas, mas existe um outro trabalho de grande pressão que intimida até ele: técnico da seleção francesa de futebol.
"Sempre há 60 milhões de pessoas que acham que podem fazer melhor", brincou Macron com jornalistas antes de almoçar com o elenco francês em seu campo de treinamento. "É por isso que eu jamais tentaria ser o técnico", riu.
A visita presidencial em Clairefontaine antes da Copa do Mundo se tornou um ritual dos líderes franceses desde que Jacques Chirac esteve com o time na véspera do torneio de 1998.
A França triunfou em casa e a popularidade de Chirac disparou -- exatamente o impulso que Macron pode estar desejando para seus índices de aprovação depois de um ano no poder criticado por uma série de reformas econômicas e sociais que lhe valeram o rótulo de "presidente dos ricos" entre eleitores de esquerda.
Macron, que é torcedor do Olympique de Marselha, disse aos jogadores que a nação os apoiará no Mundial da Rússia, e pediu que sejam unidos para a disputa do Mundial, que começa em meados de junho.
"Vocês todos são grandes astros", disse ele aos jogadores, entre eles Paul Pogba, Olivier Giroud e Kylian Mbappe. "A seleção francesa brilhou quando ficou unida. Mas quando os egos emergiram, quando houve desavenças, não funcionou tão bem".
A França foi humilhada na África do Sul em 2010, quando uma crise no vestiário deixou o time na lanterna de seu grupo, o que rendeu uma bronca do então presidente Nicolas Sarkozy.