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Macron avalia estado de emergência após tumultos na França

Série de protestos abalam o país, inclusive o pior conflito entre polícia e manifestantes desde 1968

2 dez 2018 - 11h47
(atualizado às 12h05)
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O presidente francês, Emmanuel Macron, correu ao Arco do Triunfo neste domingo após um dos monumentos mais reverenciados da França ser vandalizado por manifestantes, com o governo considerando um estado de emergência após o pior período de tumultos em anos.

Mascarados, grupos vestidos de preto percorreram livremente o centro de Paris no sábado, incendiando dezenas de carros e construções, roubando lojas, quebrando janelas e enfrentando a polícia no pior conflito da capital desde 1968, representando o maior desafio que Macron enfrenta em seus 18 meses de Presidência.

O presidente da França, Emmanuel Macron
O presidente da França, Emmanuel Macron
Foto: Marcos Brindicci / Reuters

Macron e importantes ministros devem se reunir mais tarde neste domingo para considerar abrir uma emergência para evitar uma recorrência dos protestos. O governo deverá abrir diálogo, mas não mudará sua posição, disse o porta-voz Benjamin Griveaux.

Uma revolta popular contra aumentos no imposto sobre combustíveis e alto custo de vida veio à tona de repente em 17 de novembro e se espalhou rapidamente pelas redes sociais. Manifestantes bloquearam estradas ao redor da França e impediram o acesso a shoppings, fábricas e alguns depósitos de combustíveis.

Em seu retorno da cúpula do G20 na Argentina, Macron visitou imediatamente o Arco do Triunfo, monumento do século 19 que fica sobre a Tumba do Soldado Desconhecido, e avenidas próximas onde carros foram queimados e lojas de luxo saqueadas.

Imagens de televisão mostram o interior do Arco saqueado, uma estátua de Marianne, símbolo da república francesa, destruída, e pichações no lado de fora do monumento que variam de slogans anti-capitalismo a demandas sociais e pedidos pela renúncia de Macron.

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