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Mundo

Macron pressiona Putin a esclarecer envenenamento de opositor

Presidente russo falou que país aguarda amostras de sangue

14 set 2020 - 13h49
(atualizado às 14h31)
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O presidente da França, Emmanuel Macron, pressionou seu homólogo russo, Vladimir Putin, a esclarecer o envenenamento do líder da oposição ao Kremlin, Alexei Navalny, informou em nota oficial o Eliseu nesta segunda-feira (14). Os líderes conversaram por telefone.

Navalny está internado em Berlim desde 23 de agosto
Navalny está internado em Berlim desde 23 de agosto
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Para Macron, a ação foi uma "tentativa de homicídio" e é necessário "que seja esclarecido rapidamente" tudo que aconteceu com uma "investigação crível e transparente".

A nota ainda reafirma uma informação dada pelo governo alemão horas antes, que um laboratório independente francês confirmou a presença de uma substância química do grupo novichock no sangue do opositor.

Por sua vez, o Kremlin informou que Putin explicou que ainda aguarda "a transferência para a Rússia dos biomateriais" para poder fazer testes e ter uma "conclusão oficial" sobre o caso.

"Ficou decidido que vamos contribuir para determinar os parâmetros de uma possível interação com os parceiros europeus sobre esse propósito", informa ainda a nota.

Através de seu porta-voz, Dmitri Peskov, Putin sempre colocou em dúvida o diagnóstico de envenenamento porque os médicos que fizeram o primeiro atendimento do líder da oposição não encontraram traços de nenhuma substância.

No entanto, os médicos alemães do hospital Charitè, de Berlim, para onde Navalny foi transferido no dia 23 de agosto, informaram que ele havia sido envenenado por conta na redução dos inibidores de colinesterase - o que tinha sido detectado também pelos médicos de Omsk.

Exames posteriores feito por militares alemães constataram a substância e laboratórios independentes da França e da Suécia chegaram a mesma conclusão.

Navalny passou mal durante um voo entre Tomsk, na Sibéria, e Moscou no dia 20 de agosto e foi internado às pressas no hospital de emergências de Omsk. Três dias depois, a pedido da família, foi transferido para a Alemanha.

Desde então, europeus e russos trocam acusações sobre o caso - com o Kremlin se negando a fazer uma investigação completa do caso e a Alemanha ameaçando impor sanções contra a Rússia.

- Navalny apresenta melhora: Nesta segunda-feira, o boletim médico do hospital Charitè informou que o russo não precisa mais de ajuda mecânica para respirar e que ele já consegue levantar da cama.

O estado de saúde ainda inspira cuidados e, por isso, Navalny ainda está na unidade de terapia intensiva. .

Ansa - Brasil   
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