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Macron diz que sistema de bem-estar social da França é desperdício de dinheiro e pede reformas

13 jun 2018 - 14h14
(atualizado às 14h26)
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A França deveria parar de despejar grandes quantias de dinheiro em um sistema de bem-estar social que falha em resgatar os pobres da miséria, disse o presidente Emmanuel Macron, em vídeo divulgado por seu gabinete, que mostrou, segundo os críticos, que ele é indiferente.

Presidente da França, Emmanuel Macron
09/06/2018
REUTERS/Yves Herman
Presidente da França, Emmanuel Macron 09/06/2018 REUTERS/Yves Herman
Foto: Reuters

O vídeo mostrou Macron discutindo suas ideias para renovar o Estado de Bem-Estar com sua equipe de comunicação horas antes de um discurso televisionado que daria sobre uma reforma nos benefícios sociais.

"Olha onde estamos em bem-estar. Nós despejamos um bocado de dinheiro em benefícios de subsistência e as pessoas ainda estão pobres. Não há saída. Pessoas que nascem pobres ficam pobres", disse Macron no vídeo, que foi divulgado nas redes sociais pelo Palácio Elysee.

"Eu vou soletrar onde estamos, que estamos despejando muita grana em um sistema de bem-estar social que é focado em tratamento corretivo", disse ele, preenchendo sua fala com gírias que muitos franceses considerariam incabíveis a um presidente.

No vídeo, ele defendeu reembolsos totais para planos de saúde que focarem na prevenção de doenças, uma medida que ele disse que economizará custos mais adiante.

"É por isso que estamos fazendo (as reformas). É sobre as coisas menores, como assistência odontológica básica, óculos de grau, essas coisas carregam um custo socialmente. E é politicamente desprezível."

Macron foi eleito há um ano com um mandato para abrir a economia e criar um sistema de bem-estar social mais eficiente, mas há latente descontentamento na esquerda de seu partido de centro, onde suas políticas são vistas como favoráveis aos ricos.

Sua avaliação franca dos fracassos do sistema de bem-estar social e da necessidade de uma reforma politicamente corajosa ocorre no dia em que a Assembleia Nacional deverá tomar uma decisão final sobre a maior reforma das ferrovias estatais em décadas.

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