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Macron defende premiê da Itália em disputa com Vaticano

Santa Sé quer mudar projeto de lei anti-homofobia

25 jun 2021 - 09h47
(atualizado às 10h17)
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O presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, na disputa com o Vaticano por causa de um projeto de lei que criminaliza a homofobia e a transfobia.

Emmanuel Macron durante encontro do Conselho Europeu em Bruxelas
Emmanuel Macron durante encontro do Conselho Europeu em Bruxelas
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Segundo o líder francês, o premiê agiu corretamente ao lembrar que o Estado italiano é "laico" e que o Parlamento é livre para tomar suas próprias decisões.

"Aquilo que posso dizer é que a abordagem do Executivo italiano foi correta. A França é um Estado secular e laico há muito tempo, e é sempre o governo quem decide", disse Macron à margem do Conselho Europeu, em Bruxelas.

Há cerca de cinco anos, o próprio papa Francisco admitiu que os Estados devem ser laicos, mas ressaltando que "a França tende a exagerar na laicidade por considerar as religiões como uma subcultura".

Recentemente, o Vaticano enviou uma nota verbal à embaixada italiana na Santa Sé para pedir alterações em um projeto de lei já aprovado na Câmara, mas ainda em tramitação no Senado, para criminalizar a homofobia e a transfobia.

O texto estabelece penas de até um ano e seis meses de prisão ou multa de até 6 mil euros para quem propagar ódio ou cometer atos de discriminação por motivos de orientação sexual e identidade de gênero, e de seis meses a quatro anos de cadeia para quem instigar ou praticar atos de violência.

Essas mesmas penas já são aplicadas na Itália para crimes motivados por preconceito racial, étnico, nacional ou religioso. Ainda assim, o Vaticano alega que o conceito de discriminação é "muito vago" e que o projeto pode comprometer a liberdade de atuação da Igreja Católica.

Ansa - Brasil   
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