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Mundo

Macron acusa Itália de 'cinismo' ao barrar migrantes

"Caso Aquarius" abriu crise entre as duas potências da UE

12 jun 2018 - 15h34
(atualizado às 15h49)
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O presidente da França, Emmanuel Macron, acusou o governo da Itália de "cinismo e irresponsabilidade" ao fechar seus portos para o navio Aquarius, que navega no Mediterrâneo com 629 migrantes socorridos de botes infláveis.

Resgate de migrantes pelo navio Aquarius, no Mediterrâneo
Resgate de migrantes pelo navio Aquarius, no Mediterrâneo
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Segundo o porta-voz do mandatário, Roma tomou a iniciativa de coordenar o resgate no lugar da Guarda Costeira da Líbia, "mas não foi até o fim em sua iniciativa". "Aqui temos uma demonstração de uma forma de cinismo e de uma parte de irresponsabilidade do governo italiano frente a uma situação humanitária dramática", disse.

Já o porta-voz do partido A República em Marcha, fundado por Macron, acrescentou que a posição da Itália no caso "faz vomitar". Além disso, o primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, acusou Roma de "não respeitar suas obrigações internacionais".

A resposta a Paris chegou do principal nome do governo italiano, o ministro do Interior Matteo Salvini. "A Espanha quer nos denunciar, a França diz que somos 'vomitáveis'. Eu quero trabalhar serenamente com todos, mas com um princípio: italianos em primeiro lugar", disse.

A Itália acusa a França de fechar seus portos para pessoas resgatadas no Mediterrâneo e de barrar a entrada de imigrantes econômicos. Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a França abriga 376,7 mil pessoas com proteção internacional ou solicitantes de refúgio, o que equivale a 0,56% de sua população.

Na Itália, o número de indivíduos nessas condições é de 292.165, ou 0,48% de seu total de habitantes.

Ansa - Brasil   
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