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Mundo

Macri congela preços e tarifas para conter inflação

Presidente tenta debelar crise a poucos meses de eleições

18 abr 2019 - 15h08
(atualizado às 16h06)
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Eleito com um discurso liberal, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, resolveu apostar no congelamento de preços para tentar conter a escalada da inflação no país.

Protesto contra as políticas econômicas do governo Macri em Buenos Aires, 4 de abril de 2019
Protesto contra as políticas econômicas do governo Macri em Buenos Aires, 4 de abril de 2019
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A medida foi anunciada nesta quarta-feira (17), no âmbito de um amplo pacote para "aliviar" as famílias e reativar o consumo, em meio a uma crise que coloca em risco a reeleição de Macri.

O congelamento de preços atingirá 60 produtos básicos, como leite, carne bovina e farinha, além de tarifas de água, gás e eletricidade, e valerá por um período de ao menos seis meses - as eleições presidenciais estão marcadas para 27 de outubro.

A inflação na Argentina cresceu 4,7% em março e chegou a 54,7% nos últimos 12 meses, dando combustível para a crise econômica que atinge o país. "Neste período, no qual tivemos uma aceleração transitória da inflação, é muito importante levar alívio às famílias argentinas, porque sabemos que esse é um pico transitório e que logo a inflação diminuirá", disse o ministro da Fazenda Nicolás Dujovne.

Já o presidente, que não anunciou as medidas pessoalmente, gravou um vídeo no qual afirma que todos "precisavam de um alívio". A Argentina recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2018 e obteve uma linha de crédito de US$ 57 bilhões, em troca da aprovação de medidas de austeridade, como o corte de subsídios a serviços públicos.

Segundo as últimas pesquisas, a ex-presidente Cristina Kirchner, acusada de corrupção, lidera a corrida eleitoral com uma estreita vantagem sobre Macri.

Ansa - Brasil   
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