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M, F ou nada? Holanda cogita retirar gênero de documentos de identidade

9 jul 2020 - 13h00
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Por Rachel Savage

Bandeira símblo do movimento símbolo do movimento LGBT+
28/06/2020
REUTERS/Jon Nazca
Bandeira símblo do movimento símbolo do movimento LGBT+ 28/06/2020 REUTERS/Jon Nazca
Foto: Reuters

(Thomson Reuters Foundation) - Enquanto países de todo o mundo debatem a questão incômoda de como refletir o gênero em documentos oficiais, a Holanda está estudando uma solução mais radical: descartar de vez a classificação.

A proposta de retirar a categoria das carteiras de identidade holandesas até 2025 veio em uma carta enviada ao Parlamento neste mês e é parte do plano do governo para "limitar o registro sexual desnecessário onde for possível".

A medida foi saudada por defensores dos direitos LGBT+, que dizem que acabar com a categoria facilitaria a vida de pessoas transgênero, intersexo e não-binárias, que não se identificam como homem ou mulher.

"É uma coisa boa que o governo não esteja registrando tanto o que vai dentro de nossas roupas íntimas", disse Brand Berghouwer, presidente do grupo ativista Rede de Transgêneros da Holanda.

"É uma coisa boa dar às pessoas um pouco mais de liberdade para serem quem são."

Berghouwer disse que não ter uma identificação de gênero o teria poupado da apreensão que sentiu quando estava fazendo sua transição, mas reconheceu que muitas pessoas trans estão "muito orgulhosas da nova letra em suas identidades e não querem perder isso".

A Holanda é vista como um dos países mais progressistas do mundo quanto aos direitos LGBT+, tendo legalizado o casamento homossexual em 2001.

Se for adiante com a medida, ela se tornará uma de poucos de países sem identificação de gênero nas carteiras de identidade, que incluem Alemanha, Itália e Sérvia, cujos documentos nunca a exibiram.

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