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Livro de ex-advogado de Trump será lançado em setembro

Cohen acusa presidente de traidor e fala sobre trapaça eleitoral

14 ago 2020 - 11h49
(atualizado às 12h01)
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Michael Cohen, o ex-advogado do presidente Donald Trump, promete fazer uma série de revelações bombásticas em um livro que lançará no próximo dia 8 de setembro, incluindo sobre como o republicano "trapaceou" nas eleições de 2016 para ganhar a disputa.

Livro de Michael Cohen promete trazer revelações polêmicas
Livro de Michael Cohen promete trazer revelações polêmicas
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Chamado de "Disloyal: a Memoir" ("Desleal, uma memória", em tradução livre), a obra afirma que os escândalos que envolveram Trump ao longo de seu mandato são apenas "a ponta do iceberg".

"Sei onde estão escondidos os esqueletos porque fui eu quem os enterrou", disse Cohen ao apresentar seu livro.

O ex-advogado confessa que ajudou o magnata a fraudar e evadir o fisco norte-americano, a contar mentiras para a esposa de Trump, Melania, para esconder suas infidelidades, e de ter contribuído para criar um "canal de informações secretas" com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para que o republicano conseguisse ganhar as eleições.

Cohen ressaltou que, apesar dos russos terem ajudado o atual mandatário a ganhar a disputa, "o esquema é menos sofisticado do que as pessoas imaginam".

Durante toda a campanha, Trump foi acusado de ter ajuda dos russos para obter informações confidenciais de sua então adversária, Hillary Clinton, e a questão chegou a gerar um pedido de impeachment do presidente. No entanto, o caso foi rejeitado pelo Senado após o procurador especial Robert Mueller não encontrar evidências de que a intromissão russa contou com a participação da campanha eleitoral do republicano.

O ex-advogado ainda usou termos bastante depreciativos ao descrever quem é o presidente: um homem "racista, mentiroso, vigarista e predador".

Cohen está cumprindo pena por fraude e violação de financiamento eleitoral após admitir culpa pelos crimes em 2018. Ele está em regime domiciliar por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e, recentemente, viveu um imbróglio jurídico após ser mandado de volta para o regime fechado por ter dito que publicaria o livro. O próprio juiz que autorizou a retomada do regime domiciliar classificou o caso como uma "retaliação" do governo Trump.

Esse é o quarto livro polêmico sobre o presidente norte-americano que será lançado antes das eleições de novembro.

Já foram lançadas obras escritas pela sobrinha do mandatário, Mary Trump, e pelo ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton.

No próximo dia 15 de setembro, será lançado o livro "Rage" ("Raiva"), do jornalista Bob Woodward. .

Ansa - Brasil   
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